Apesar do fanatismo pelo futebol, o duelo entre Argentina e Brasil, pelas Eliminatórias da Copa de 2018, que ocorrerá nesta quinta-feira, no Estádio Monumental de Núñez, não é o principal tema da capital Buenos Aires - nem do resto do país.
A cidade vive o clima da disputa presidencial entre o candidato do governo Daniel Scioli e o oposicionista Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors (ARG) entre 1995 e 2008, para saber quem sucederá a presidente Cristina Kirchner. Os dois foram para o segundo turno das eleições, que ocorrerão no dia 22 de novembro. Em 25 de outubro, Scioli foi o vencedor das urnas, mas com apenas 2,5% dos votos a mais que o concorrente. Pela primeira vez na história, a Argentina decidirá um presidente no segundo turno - em 2003, Carlos Menem renunciou à candidatura antes do novo pleito contra o ex-presidente Néstor Kirchner.
Em um dos principais pontos turísticos da cidade, o Obelisco, o LANCE! acompanhou cerca de 20 funcionários que distribuíam panfletos e falavam sobre a campanha de Scioli, ex-vice de Néstor, entre 2003 e 2007, que governa a província de Buenos Aires desde 2007. O local fica ao final da famosa Avenida 9 de Julho, e fica a cerca de 5 minutos de carro do Hotel Four Seasons, em que a Seleção Brasileira se hospedará desde a noite desta quarta até horas antes da partida.
Nas últimas pesquisas, divulgada pelo jornal argentino La Nación, agora quem está à frente é Mauricio Macri, com 48,7% das intenções de voto, contra 40,2% do governista.
A Seleção Brasileira, que treinou na manhã desta quarta-feira na Arena Corinthians, em Itaquera, tem chegada prevista a Buenos Aires para 18h30 local (19h30 de Brasília). Em princípio, não haverá atendimento à imprensa.