Rogério Micale saiu em defesa de Neymar, capitão e camisa 10 da Seleção. O atacante foi apontado como fominha na estreia do Brasil na Olimpíada, diante da África do Sul, e novamente surgiram críticas de dependência da equipe em relação a ele.
Para o treinador da Seleção, no entanto, isso é algo normal e até esperado por Neymar ser uma referência técnica do time. Como argumento, o comandante brasileiro usou o melhor jogador do mundo como exemplo:
- O Neymar é para a Seleção olímpica o que o Messi representa para o Barcelona. É inerente procurar o Neymar em campo, sabemos que ele pode gerar desequilíbrio e colocar um companheiro em situação boa de gol. Isso é natural, mas temos outros jogadores importantes, de qualidade, e podemos variar o jogo - comentou Micale.
- Eu não vejo problema de buscar o Neymar. Estamos exigindo dele, mas o Neymar só fez dois jogos depois das férias. Ele vai crescer com a equipe e individualmente depois de um tempo parado. Ele já buscou muito no último jogo (contra o Japão). Quem erra muito é quem não se omite, não posso creditar isso como um ponto negativo, ele busca o jogo, quer fazer o gol, dar uma resposta, chamar a responsabilidade. Muitas vezes somos injustos com o Ney por questioná-lo por querer jogar tanto. Se é um jogador que não tem essa percepção de ajudar o Brasil, ele poderia se esconder e só tocar de lado. Aí não erraria passes, situações de jogo... Muitas vezes um cara não errou situações de jogo, mas isso não quer dizer que foi efetivo, ele pode ter sido omisso - completou o técnico, em entrevista coletiva neste sábado.
Depois do empate sem gols com a África do Sul, na última quinta-feira, o próprio Neymar já havia feito tal comparação dele com Messi e disse achar normal o fato dos companheiros o procurarem na maior parte dos jogos.
O camisa 10 e a Seleção voltam a campo neste domingo, contra o Iraque, às 22h, novamente no Mané Garrincha, em Brasília.