Neymar estreia para manter sina da segunda Copa dos craques brasileiros
Em todos os títulos da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, ao menos uma das principais estrelas estava em sua segunda edição de Mundial, como Romário, no título de 1994
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A primeira vez a gente nunca esquece, mas a segunda pode ser melhor. Especialmente para estrelas brasileiras em Copa do Mundo. Em todos os títulos do Brasil, o grande craque estava em sua segunda participação. A exceção, claro, foi Pelé em 1958. Mas ele é o Rei. E é para manter essa sina que Neymar estreia no Mundial da Rússia contra a Suíça neste domingo, na Arena Rostov, às 15h de Brasília.
A participação em 2014 poderia ter sido pessoalmente positiva para Neymar, autor de quatro gols só na primeira fase, mas terminou de maneira dolorida. Atingido por Zuñiga nas quartas de final contra a Colômbia, teve presença na Copa abreviada e nada pôde fazer pelo Brasil no fatídico 7 a 1 para a Alemanha. Agora, mais experiente, tem a missão de conduzir o Brasil ao título. E não lhe falta inspiração.
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No título da Suécia em 58, o menino Pelé, de apenas 17 anos, espantou o mundo em sua estreia em Mundiais. Faturou o primeiro de seus três títulos, comandando o Brasil. Pelé, porém, não pôde ajudar muito a Seleção em 62 no Chile, pois se lesionou durante a competição. Então coube a Garrincha, em sua segunda Copa, liderar a Canarinho rumo ao bi.
Em 1970 no México, o que impressionou o mundo e ficou marcado na memória de quem acompanhou foi o futebol vistoso e coletivo da Seleção Brasileira, que teve diversos destaques. O artilheiro e furacão da Copa, porém, foi Jairzinho, que havia estreado na Inglaterra quatro anos antes, sem brilho.
Nos Estados Unidos, em 1994, Romário levou o Brasil ao fim do jejum de 24 anos sem Mundial e coroou a geração Dunga, como ficou conhecida a seleção do tetra. Essa mesma geração, com Romário apagado, fracassou em 90 na Itália.
Na Copa de 2002, do penta, dois craques dividiram o protagonismo: Rivaldo e Ronaldo. O primeiro em seu segundo Mundial, após ter ido bem no fracasso na França quatro anos antes. Já o Fenômeno estava em sua terceira Copa, mas em 1994 nem entrou em campo. A segunda, pra valer mesmo, foi em 2002. Artilheiro do penta!
Não é apenas coincidência. A experiência única de disputar um Mundial traz experiência e certamente pode pesar na segunda. Foi assim com nossos hermanos, com Maradona, campeão em 1986 praticamente sozinho após falhar na estreia em 82, sendo até expulso.
No caso de Neymar, ele já viveu experiência parecida na Seleção. Em sua primeira Olimpíada, em 2012, parou na final para o México. Mas na segunda, no Rio 2016, levou o ouro inédito. Consagração! Dá para repetir a dose? Neymar parece estar no clima.
Na preparação brasileira em Sochi, o craque tem se mostrado muito tranquilo, praticamente em casa. O ambiente ajuda. Na cidade russa, há praia, calor, como o atacante se acostumou na vida. É o clima que ele gosta. A badalação também está presente, mas Neymar tem evitado. Ele, claro, é o mais assediado por onde a Seleção passa. Sua presença atrai o público, masculino ou feminino. Mas Neymar tem tentado ficar um pouco alheio. Ainda não recebeu a visita dos parças, que o acompanham em toda a carreira. A namorada Bruna Marquezine também não esteve na concentração da Seleção em Sochi, mas estará em Rostov para a estreia, assim como seus pais.
O craque está feliz e recuperado da fratura no dedinho do pé direito.Tem a história a seu favor, um grupo que se mostrou vencedor e um treinador que o apoia. Na Rússia, parece em casa. Está pronto para manter a sina da segunda Copa? O show está começando.
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