A caminhada na Copa América renderá à Seleção Brasileira mais um desafio de superar lembranças bem incômodas de seu retrospecto recente no torneio. Nas edições de 2011 e 2015, o Paraguai despachou os canarinhos nas quartas de final e nos pênaltis.
Presente na eliminação de oito anos atrás, o então lateral-esquerdo André Santos relembrou ao LANCE! como foi o embate realizado em La Plata (ARG):
– Foi um jogo bastante duro. Eles eram muito firmes. Lembro que estávamos jogando melhor, mas perdemos muitas oportunidades. E veio a fatalidade nos pênaltis.
'Foi um jogo bastante duro, no qual perdemos chances. E veio a fatalidade nos pênaltis'
Após o empate em 0 a 0, o Brasil teve um péssimo aproveitamento na marca de cal: quatro pênaltis desperdiçados. Terceiro jogador a cobrar, André Santos (que bateu por cima do travessão) falou da tensão daquele momento. Antes, Elano e Thiago Silva tinham errado.
– Sem dúvida, é uma responsabilidade muito grande. Ainda mais por saber que a gente tinha jogado muito, tinha sido melhor do que o Paraguai. Aí veio a fatalidade.
Depois, Fred cobrou à direita de Villar e decretou a classificação paraguaia, com triunfo por 2 a 0 nos pênaltis sobre os comandados de Mano Menezes.
Em 2015, o roteiro teve semelhanças. Após o Brasil sair na frente com Robinho, Derlis González empatou em 1 a 1. Nos pênaltis, os erros de Everton Ribeiro e Douglas Costa custaram a derrota por 4 a 3 e a eliminação da equipe de Dunga em território chileno.
'É um momento de mudança na Seleção. Com uma safra boa'
Às vésperas do novo encontro com o Paraguai, André Santos confia que a Seleção virará mais esta página na Copa América e, sob o comando de Tite, escreverá uma nova história:
– Acredito que o Brasil tenha condições, mesmo sendo um rival perigoso. É momento de mudança. Uma safra boa, com Arthur, Willian... O Everton vem bem. Mesmo sem Neymar, a grandeza brasileira prevalecerá.
LISTA DE TITE TRAZ 'REMANESCENTES' DE DECEPÇÕES CONTRA O PARAGUAI
O desejo de “vingança” com a camisa da Seleção Brasileira contra o Paraguai faz parte da rotina de comandados de Tite. Além de, em 2011, sua cobrança ter parado nas mãos de Villar, Thiago Silva tenta virar a página de uma infelicidade sua na Copa América seguinte.
Em 2015, o zagueiro subiu na área e, ao pôr a mão na bola, cometeu o pênalti que culminaria no gol do empate paraguaio, marcado por Derlis González.
O jogador é o único que estava na Seleção nos dois duelos. Da edição disputada no Chile, ainda seguem no grupo de Tite os jogadores Daniel Alves, Filipe Luís, Miranda, Fernandinho, Willian e Coutinho.