Rivais nas quartas, técnicos de Brasil e Colômbia já foram colegas de classe

Rogério Micale e Carlos Restrepo, que duelarão pela primeira vez neste sábado, fizeram curso da Fifa juntos no ano passado e têm preferências semelhantes. Quem avança?

imagem camera(Foto:Lucas Figueiredo/MoWa Press/AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 12/08/2016
19:04
Atualizado em 13/08/2016
13:35
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Rogério Micale e Carlos Restrepo poderão colocar em prática neste sábado, às 22h, na Arena Corinthians, um pouco do que aprenderam juntos quando foram colegas de classe. Os comandantes de Brasil e Colômbia, que se enfrentarão pela primeira vez nas quartas de final do futebol masculino olímpico, participaram de um curso da Fifa para treinadores em 2015, em Viña del Mar (CHI).

- Tive a felicidade de estar em Viña del Mar com o profe Micale. Ele está tentando recuperar algumas coisas do Brasil, aquele Brasil alegre, que joga pelos lados, com rotação no ataque, que tenta recuperar rápido a bola, fazer transições rápidas. É um treinador identificado com o que o Brasil necessita – disse Restrepo.

- Conversamos muito, trocamos informações, falamos de metodologias. Me impressionei com o trabalho que eles estão realizando - emendou o treinador brasileiro.

A Fifa convidou todos países da Conmebol para o curso em Viña del Mar, realizado durante o Mundial sub-17, vencido pela Nigéria. O evento tinha como objetivo debater metodologias de treinamento, conceitos táticos e estratégias de jogo, quesitos em que Micale e Restrepo têm pensamentos semelhantes - embora o brasileiro esteja dando seus primeiros passos na carreira, enquanto o colombiano já comandou diversas equipes em seu país, na Venezuela e em Honduras.

Retranca não é com eles. Os dois gostam das "linhas altas" para pressionar o rival em seu campo, da posse de bola e do jogo ofensivo.

- É importante que sejamos agressivos. A troca de passes será vital. Antes de tudo, temos que equilibrar o jogo com a bola no pé. O Brasil não gosta quando o adversário tem a bola no pé. Quando tivermos a bola, temos que pensar em atacar, buscar os lados do campo - comentou Restrepo.

- Não existe essa possibilidade (ser mais conservador). Nós vamos manter a nossa forma de jogar, confiamos que é dessa forma que nos preparamos, é o melhor encaixe dentro das características dos nossos jogadores. Mudar conceito agora, sem trabalho, é muito complicado. O conceito, a forma de atuar, não muda - disse Micale.

Curiosamente, a trajetória das seleções nos Jogos é parecida: ambas começaram a competição como favoritas, mas passaram a ser vistas com desconfiança após empatarem nos dois primeiros jogos (a Colômbia empatou com Japão e Suécia, enquanto o Brasil ficou no zero contra África do Sul e Iraque). Só na terceira rodada da primeira fase, com mudanças no time, é que vieram vitórias convincentes: o Brasil fez 4 a 0 na Dinamarca, enquanto os colombianos bateram a Nigéria por 2 a 0.

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