Ronaldo Fenômeno na CBF? Saiba como funciona a escolha para presidente
Eleição ainda não tem data marcada, mas deve acontecer em março ou abril de 2025
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Ronaldo Fenômeno admitiu nesta semana que deseja se tornar presidente da CBF. A informação surgiu há sete dias e foi confirmada pelo próprio Ronaldo na quinta-feira (21), durante evento beneficente que ele organizou em São Paulo. Nas redes sociais, muita gente aprovou a ideia e “declarou voto” no Fenômeno. Mas, como funciona a eleição para a presidência da CBF? E será que Ronaldo Nazário tem chances de se eleger?
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Antes de mais nada, é preciso deixar claro que o artilheiro do Penta (ainda) não está em campanha, como ele mesmo afirmou:
— Vamos aguardar o momento certo de fazer isso acontecer. Estou extremamente preparado para esse momento e, obviamente, o futebol brasileiro precisa de mudanças grandes, mas não quer dizer absolutamente nada. Não sou candidato, não tenho eleição à vista, então é só a minha vontade que não mudou de muito tempo para cá — afirmou Ronaldo.
A eleição para a presidência da CBF ainda não tem data confirmada, mas irá acontecer em março ou abril de 2025. Além do presidente da entidade, a votação define também os oitos vice-presidentes.
Para formar uma chapa, Ronaldo Fenômeno — ou qualquer outra pessoa — precisaria apresentar requerimento assinado por presidentes de pelo menos quatro federações estaduais e quatro clubes das Séries A ou B.
E quem vota para presidente da CBF?
Apesar da declaração de voto de torcedores nas redes sociais, quem decide quem preside a confederação é um grupo restrito de cartolas. E é desse grupo que Ronaldo precisará buscar apoio para ter alguma chance de presidir a CBF.
O estatuto da entidade passou por diversas mudanças na última década, que alteraram o sistema de votação na CBF. Antigamente, apenas as 27 federações filiadas participavam da Assembleia Geral Eleitoral, mas nas últimas eleições os 40 clubes das Séries A e B foram incluídos no processo.
Ao mesmo tempo, contudo, um sistema de pontos foi adotado. Votos das federações têm peso 3 (somando 81 pontos), dos clubes da Série A peso 2 (somando 40), e dos clubes da Série B, peso 1 (somando 20).
Assim, se 24 das 27 federações estaduais decidirem votar num mesmo candidato, a eleição estará definida, já que ele atingiria 72 pontos, e a soma de todos os outros chegaria a no máximo 69.
Historicamente, os presidentes da CBF têm sido escolhidos entre cartolas de federações estaduais — Ednaldo Rodrigues, por exemplo, presidiu a federação baiana. Seu antecessor, Rogerio Caboclo, foi indicação de Marco Polo del Nero (ex-presidente da federação paulista) e também era oriundo daquela entidade. É por isso que, em geral, os pleitos acontecem com chapa única e vitória por aclamação.
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