As vaias em São Paulo e na Bahia deixaram claro o descontentamento da torcida com o desempenho da Seleção Brasileira. Internamente, as críticas geraram certo desconforto, e a meta agora, na véspera de decidir a classificação na Copa América, é evitar um clima de "terra arrasada".
Tite completou na quinta três anos de trabalho. Os números são muito bons: 30 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. Mas a eliminação na Copa do Mundo para a Bélgica, e a dificuldade recorrente contra times fechados são motivos de reclamação da torcida, algo mais escancarado já que o Brasil é anfitrião desta Copa América.
Entre os jogadores, o discurso é de que a equipe está no caminho certo. Mesmo com só uma finalização no gol no empate em 0 a 0 com a Venezuela, Daniel Alves viu evolução em relação à estreia, quando o time também patinou contra a Bolívia, mas fez 3 a 0 após abrir o placar de pênalti, no Morumbi.
- A gente tem de estar em constante crescimento, é ilusão achar que a Seleção vai golear todo mundo por diferença de camisa. Hoje em dia camisa só não vence, futebol é equilibrado - justificou Alisson.
O Brasil é líder do Grupo A na Copa América graças aos critérios de desempate, pois tem os mesmos quatro pontos do Peru, adversário de sábado, na Arena Corinthians. Ou seja, a Seleção depende de si para avançar na primeira posição da chave. Para isso, o grupo promete "ralar muito".
- É seguir trabalhando forte que estamos no caminho certo. O resultado não foi o que queríamos, mas não podemos fazer terra arrasada. Falando mal, com dúvidas, a Seleção é qualificada. Não tem resultado garantido, tem de ralar muito em campo. É o que vamos fazer - encerrou o goleiro.