No próximo dia 17 de julho se completam 25 anos do Tetracampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Em 1994, nos Estados Unidos, o Brasil colocou a quarta estrela no peito e encerrou um jejum de 24 anos sem títulos mundiais. O LANCE! conversou com o volante Mauro Silva, que fazia parte daquele elenco e atuou em todas as partidas do Mundial que culminou com o troféu para o Brasil.
PARCERIA ANTIGA
Em 26 de junho de 1994, a Suécia, brigando pela liderança do grupo com o Brasil, imponente fisicamente e chegou a abrir o placar, mas Romário empatou no fim e deu o primeiro lugar a Seleção Brasileira.
Homem de confiança de Parreira, Mauro Silva esteve em campo no jogo neste jogo contra a Suécia, em sua função específica de ser o 'carregador de piano' da equipe, se sacrificando ofensivamente para ser o principal marcador da equipe, à pedido do treinador.
- Foi importante o fato de ter convivido com o Parreira no Bragantino, conhecer o esquema tático dele, a forma como ele trabalhava. E saber a importância que o primeiro volante tinha no esquema tático dele. Há a questão da obediência tática: às vezes você tem um papel a cumprir, e muita gente dizia ‘o Mauro não sai [pro ataque]’, mas a orientação era pra não sair mesmo, e assim liberar os laterais. Você precisa se manter fiel ao esquema tático desenhado pelo treinador - disse.
NOME NA HISTÓRIA
Um dos principais ídolos da história do Deportivo La Coruña (ESP), Mauro Silva foi titular da Seleção em todos os jogos da competição nos Estados Unidos e foi premiado com o título mundial ao final daquela disputa por pênaltis. O Brasil não conquistava uma Copa do Mundo desde 1970.
- Você escreve seu nome na história do futebol brasileiro, que é uma história repleta de conquistas e grandes craques, ter participado de uma conquista que grandes jogadores do país não tiveram oportunidade. Você se considera um privilegiado por fazer parte de um grupo seleto. E, naquele momento, acredito que o tetra tirou um pouco da pressão sobre a seleção, que não ganhava há 24 anos - destacou.
O MOMENTO E A REFERÊNCIA
Após 120 minutos de futebol, poucas chances e um calor digno do verão carioca, a Seleção Brasileira estava a poucos minutos de entrar para a história. E foi exatamente o que aconteceu quando o camisa 10 italiano, um dos craques daquela edição do Mundial, isolou a bola e fez o Brasil novamente sorrir, após a perda recente de Ayrton Senna, poucos meses antes do título.
- Quando o Baggio chuta o pênalti pra fora. Este momento é muito especial. E, depois disso, a homenagem ao Senna, um herói nacional, no momento que a gente precisava tanto de boas referências, o Senna representava o ídolo que defendia o Brasil, e levava as cores do país mundo afora, e defendia os interesses do Brasil. Foi uma inspiração pra todos nós, e aquela homenagem foi um momento muito especial - finalizou.