A transferência de Neymar do Barcelona (ESP) para o Paris Saint-Germain (FRA) acabou sendo um dos tópicos abordados na coletiva do técnico Tite, que convocou nesta quinta-feira a Seleção para os jogos diante de Equador e Colômbia, válidos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Questionado se o status de transferência mais cara da história do futebol poderia causar impacto ao jogador também dentro da Seleção, Tite preferiu declarar que o desejo de desafios por parte de Neymar é o mais importante.
- Em termos de valores, (não muda) absolutamente nada. Ele busca outros desafios, eu ouvi a entrevista, de um novo clube, plano de carreira. Na Seleção, é só a adaptação. A essência é gostar de jogar futebol. Dois itens são fundamentais: o torcedor e o atleta. Que ele esteja bem no seu clube, adaptado, para desenvolver seu melhor - disse Tite, que declarou ainda que o momento de Neymar ser coroado como melhor do mundo chegará no momento oportuno:
- Os últimos três atletas que estão brigando pelo prêmio: Cristiano, Messi e Neymar. Cristiano e Messi são gerações diferentes. Neymar vai chegar. Vai estar ligado ao desempenho dele, e não se está jogando com Messi ou Cristiano Ronaldo. Protagonismo é para quem entende futebol como fato isolado. O contexto forte, o conjunto forte, vai ressaltar o protagonismo de alguém. A Seleção estando forte, vai aparecer um atleta num grande momento e a individualidade aparece - analisou.
Mesmo como protagonista no clube francês e agora vivendo uma nova realidade, Tite crê que Neymar não terá que se adaptar a uma nova filosofia tática. Na visão do comandante, os sistemas de jogo de Barcelona e PSG são bastante similares.
- O sistema utilizado pelo PSG é muito parecido com o do Barcelona, no 4-3-3. Matuidi, Verratti e Rabiot como centrais. Dois extremos e um pivô, pode ser Di Maria ou Draxler, Neymar e Cavani. As características dos atletas mudam, mas a engrenagem é a mesma no sistema tático - finalizou.