Um sábado perfeito para o brasileiro Ítalo Ferreira. O potiguar venceu a décima etapa do campeonato mundial da WSL, em Peniche, Portugal, sem dar chances para os rivais e de quebra, assumiu a liderança do ranking.
A final foi contra o sul-africano Jordy Smith, um dos cinco surfistas que podem conquistar o título mundial no Havaí, em dezembro. Além dele, Kolohe Andino, dos Estados Unidos, é o outro concorrente que não nasceu no Brasil. Junto a Ítalo Ferreira, estão na briga pelo caneco Gabriel Medina e Filipe Toledo.
Ítalo Ferreira começou a bateria decisiva mostrando que a tarefa do sul-africano ia ser muito difícil e logo na segunda onda, mandou um aéreo muito alto, perfeito, que lhe rendeu uma nota 10, a primeira do evento. O brasileiro seguiu tentando os aéreos e conseguiu outra boa nota, um 7.83, colocando Smith na combinação.
Jordy Smith até que tentou reagir e tirou um 6.17, mas nada que o recolocasse na briga para valer. Entretanto, Ítalo Ferreira seguia dominante e em outro aéreo aumentou o seu somatório ao marcar 8.43 e ficar com o somatório de 18.43, em 20 possíveis. E ainda faltavam 15 minutos de bateria.
Sem novas grandes ondas, coube aos dois surfistas esperarem a buzina decretar a vitória do brasileiro, a quinta na elite. Ítalo Ferreira vai para o Havaí com a lycra amarela, que determina o líder do ranking. Jordy Smith assumiu a terceira posição, atrás de Gabriel Medina.
Brasileiro destruiu os adversários
O dia de Ítalo Ferreira começou com a disputa das quartas de final, contra o australiano Jack Freestone. O potiguar abusou dos aéreos e conseguiu um 9.67, ainda no começo, jogando pressão para o rival, que devolveu com um 8.60.
Porém, o brasileiro resolveu esperar uma onda da série.
Enquanto isso, Freestone achou uma boa onda e marcou 8.27. Mas logo em seguida, veio a resposta brasileira com um 8.83. O placar final ficou em 18.40 contra 16.87.
Duelo brasileiro
Na semifinal, Ítalo Ferreira enfrentou o paulista Caio Ibelli, do Guarujá. A bateria foi a mais disputada e teve um show de batidas, de ambos os surfistas. O potiguar, começou melhor e lançou uma nota 8.
Ibelli respondeu de forma agressiva, com muita agressividade e encaixou duas ótimas ondas, ambas julgadas com 7.43. Porém, Ferreira não se intimidou e teve paciência para esperar uma boa onda e também agredir a onda com boas batidas. A nota? Idênticas às do compatriota: 7.43.
Caio Ibelli precisava de um 8 para avançar à grande final e tentou um aéreo. Como ele não acertou, a prioridade foi para Ítalo Ferreira, que soube jogar e segurou o adversário, para garantir a vaga na decisão.
Título mundial fica para o Havaí
A próxima e derradeira etapa acontece no Havaí, a partir do dia 8 de dezembro. Ítalo Ferreira, Gabriel Medina, Jordy Smith e Filipe Toledo são os postulantes ao título. Desses, apenas Medina já foi campeão mundial, em duas oportunidades: 2014 e 2018.
O Ranking da WSL ficou assim após a etapa em Peniche:
1 - Ítalo Ferreira - 51.070 pontos
2 - Gabriel Medina - 50.005 pontos
3 - Jordy Smith - 49.985 pontos
4 - Filipe Toledo - 49.145 pontos
Título mundial adiado no feminino
A havaiana Carissa Moore tinha a chance de deixar a Europa com o seu quarto título mundial. Porém, a surfista, atual primeira colocada, foi eliminada na semifinal para a norte-americana Lakey Peterson, vice-líder no ranking e a decisão vai ficar para Maui, no Havaí.
Campeã em 2011, 2013 e 2015, Moore soma 58.600 pontos. Peterson, que perdeu a final em Portugal para Caroline Marks, tem 55.125 pontos. A grande campeã em águas portuguesas subiu para a terceira posição e, mesmo que remotas, ainda possui chances de título mundial, com 53.410 pontos.
Esta foi a segunda vitória de Marks no ano. A surfista, de apenas 17 anos, já havia vencido a etapa de abertura, na Gold Coast, na Austrália.
Brasileiras em Portugal
A brasileira Tatiana Weston-Webb caiu na semifinal e terminou com a terceira posição. Silvana Lima foi eliminada precocemente e ficou com o nono lugar. A última etapa começa no dia 25 de novembro, no Havaí.