Uma situação constrangedora envolve o Brasil e a Liga Mundial de Surfe (WSL). Após a realização do WQS de Saquarema, no Rio de Janeiro, etapa válida pela divisão de acesso à elite do esporte, o promotor do evento não pagou as premiações devidas aos 96 atletas que participaram da disputa. Assim, a organização ameaça não voltar ao país.
O valor de US$ 250 mil (mais de R$ 900 mil) destinado aos surfistas que participaram da competição realizada no início deste ano não foi entregue à promotora do evento, a Adding Sports & Entertainment. De acordo com a assessoria da WSL, a empresa conta com financiamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro para pagar a premiação, o que não aconteceu.
- É extremamente decepcionante para nós que a promotora local não tenha cumprido suas obrigações com aqueles que competiram em Saquarema. O evento ocorreu em maio e este atraso resultou em dificuldades para muitos surfistas. O flagrante desrespeito da promotora para com o bem-estar dos atletas não só prejudica a carreira de alguns surfistas, como também coloca em risco o futuro das competições do Qualifying Series (QS) no Brasil - disse o vice-presidente executivo de Eventos e Competições da WSL, Graham Stapelberg.
A diferença entre os eventos da elite e da divisão de acesso do surfe são exatamente as promotoras. Enquanto as disputas do WCT são operados e administrados diretamente pela Liga, as competições do QS são licenciadas para promotores locais. Agora, a WSL irá arcar com o valor que não foi pago.
- Para qualquer surfista que busca se classificar para o CT, eu sei que cada dólar ganho nas etapas do QS é fundamental. Estou aliviado que a WSL esteja tomando providências para garantir que meus colegas surfistas e eu recebamos o nosso prêmio, já que eu não tenho certeza sobre quantos de nós seriam capazes de seguir competindo sem ele - disse o vencedor da etapa de Saquarema, o brasileiro Alex Ribeiro.