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Poluição e ondas fracas fazem WSL incluir palco isolado na etapa do Rio

Escolha da Liga Mundial de Surfe por Grumari como um dos locais da competição leva em conta críticas de atletas às condições da Barra da Tijuca, que servirá apenas de alternativa<br>

Oi Rio Pro 2016 muda seu palco principal da Barra para Grumari
imagem cameraOi Rio Pro 2016 muda seu palco principal da Barra para Grumari (Foto: Ivan Serpa / @altasproducoes)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/05/2016
20:00
Atualizado em 09/05/2016
23:02

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Anunciado como palco principal do Oi Rio Pro, etapa brasileira do Circuito Mundial (WCT), após três ressacas atingirem a estrutura do Postinho, na Barra da Tijuca, Grumari entrou no radar da Liga Mundial de Surfe (WSL) muito antes do incidente. Reclamações sobre a má qualidade da água e das ondas pesaram na escolha de um cenário limpo e afastado.

Localizada em Área de Preservação Ambiental (APA) e com acesso limitado, a praia só se tornou sede devido ao estrago causado pela maré alta na semana passada, sem interferência da sujeira. Antes, ela seria apenas alternativa. Mas a pressão dos estrangeiros fez com que o novo lugar entrasse nos planos em dezembro do ano passado.

Alguns atletas relataram ter sentido enjoos durante a estadia na capital fluminense na última edição do torneio, e culparam a poluição da Barra, como os americanos Kelly Slater e C. J. Hobgood, e os brasileiros Filipe Toledo e Wiggolly Dantas.

– A escolha de Grumari como uma das opções teve a ver com a poluição da Barra, sim. Mas o primeiro quesito é sempre a qualidade de onda. Os sites alternativos anteriores (Arpoador e meio da Barra) não tinham o mesmo padrão – afirmou Renato Hickel, comissário da WSL para o tour masculino, em entrevista exclusiva ao LANCE!.

Os australianos Joel Parkinson (5º do ranking mundial) e Kai Otton (28º) confirmaram suas ausências da etapa sob alegação de motivos pessoais. Ao mesmo tempo, uma reportagem de abril da revista “Stab”, especializada em surfe, mostrou que a insatisfação dos “gringos” é tanta que eles cogitam até mesmo o fim da etapa brasileira.

– Se tivermos outro ano de ondas medianas e todos ficarem doentes, provavelmente o evento não segue adiante por lá – declarou o australiano Adrian Buchan, 10º colocado no ranking, à publicação de seu país.

A disputa brasileira é gerenciada pela Liga Mundial de Surfe da América do Sul, que tem planos de levar o tour a outros países do continente. Por enquanto, ninguém fala em retirar o evento do Brasil. Mas, para evitar novas críticas, é preciso dar uma resposta convincente aos surfistas.

Após as ressacas, o Postinho se tornou palco alternativo da edição deste ano do Oi Rio Pro. Uma vez que a estrutura seja reconstruída, o que está previsto para acontecer até quinta-feira, os comissários poderão optar pelo local, caso as condições de onda lá sejam melhores.

– Aumentamos as instalações de Grumari, já que, em tese, teremos mais tempo lá, e reconstruímos o Postinho menor – explicou Hickel.

A etapa brasileira, quarta da temporada do Circuito Mundial, está prevista para começar amanhã. A janela de competição vai até o dia 21.

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