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Victor Ribas usa experiência para avançar de round no Oi SuperSurf

Dia 13/10/2015
15:26

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Victor Ribas é, com 43 anos, o mais experiente entre os 160 surfistas que se inscreveram para a disputa da terceira etapa do Oi SuperSurf, a principal competição do circuito da Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP). E ele tem utilizado a vivência no mar para avançar nas ondas da Joaquina. No fim da manhã deste sábado, o surfista de Cabo Frio passou em segundo na 11ª bateria do quarto round, com pontuação de 12.23. Foram apenas três ondas surfadas na "Velha Joaca".

A onda fundamental para a sua classificação foi a primeira das três, a que lhe porporcionou um 8.0 dos juízes. Ele explicou, ao LANCE!, a tática utilizada no mar catarinense.

– Já peguei essas condições outras vezes. É um conflito de direções do swell (ondulação), a onda fica toda torta, bagunçada. Tem que contar com a sorte também. Como estava de fora ainda, a corrente me pegando, o tempo passando e só um tinha pego uma boa onda, eu continuei com a mesma tática até vir uma boa onda. E veio uma espectacular. Eu entrei, um garoto até entrou na mesma onda, mas saiu depois – disse Ribas, antes de completar:

– Vi que armou e sabia que precisava fazer tudo certinho, eu precisava arriscar. Eu desenhei a primeira curva, voltei, fui para a base, dei uma batida boa, conectei e fiz esse oito. A bateria foi bem disputada, os garotos estão surfando muito e consegui colocar meu plano para funcionar.

Assim que deixou o mar, Victor Ribas tratou de se secar, colocar camisa, casaco, calça e tênis. Além de, naturalmente, se proteger do frio que faz neste sábado (apesar do sol), o surfista de Cabo Frio quer evitar que uma dor de gargante aumente. O certo é que ele sabe muito bem como proceder diante do mar em competições. Já sem o mesmo vigor dos mais jovens, que, às vezes, têm menos da metade de sua idade, Victor trata de utilizar a experiência que carrega na vitoriosa carreira como surfista.

– O mar subiu agora. Por um lado é bom, pois saiu um pouco do aéreo, mas, ao mesmo tempo, é mais remação, pois a onda está mais longe e com muita corrente. Isso força a parte física. Cada dia você tem que traçar um plano. E tenho buscado isso. Procuro guardar minhas energias para uma hora boa, como, por exemplo, na hora que peguei aquela onda boa – destacou Victor, antes de completar:

– O que acontece muito, quando se fica mais velho, é que se você surfar muitas ondas em uma bateria, muitas ondas longas, que exige da parte física, acaba que você fica fraco, você não é mais jovem como os garotos, você fica sem aquela explosão para as manobras. Procuro pegar poucas ondas para ter força para explodir nas manobras.

* O repórter viaja a convite da organização da terceira etapa do Oi SuperSurf.

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