Zebras marcam início da etapa do Rio do WCT, e cinco brasileiros avançam
Substituto de Kelly Slater, Lucas Silveira joga amigo Adriano de Souza para a repescagem. Sensação do ano, Matt Wilkinson é surpreendido pelo convidado Marco Fernandez
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Em um Circuito Mundial para lá de surpreendente, nada mais adequado do que a presença de novas surpresas. Nesta terça-feira, a organização do Oi Rio Pro, etapa brasileira do WCT, aprovou as condições das ondas em Grumari e abriu caminho para triunfos do carioca Lucas Silveira e do baiano Marco Fernandez nas primeiras baterias. Cinco atletas da casa avançaram direto à terceira fase.
De volta após ficar ausente de dois eventos por lesão, Filipe Toledo também se classificou, assim como Italo Ferreira, melhor brasileiro no ranking (3º). O paulista conseguiu 13.77, contra 11.60 do havaiano Dusty Payne e 11.35 do americano Kanoa Igarashi. Ferreira encantou os juízes, somou 16.50 e superou Miguel Pupo (10.86) e Bino Lopes (8.66).
Alejo Muniz (13.50) foi o último a obter a vaga direta, ao passar pelo australiano Adrian Buchan (13.46) e pelo vice-líder do ranking, o havaiano Sebastian Zietz (12.77), em uma virada emocionante no último minuto.
O primeiro a aprontar no dia foi Fernandez, que somou 13.43 para vencer o compatriota Jadson André (11.57) e o australiano Matt Wilkinson (8.73), que se consolidou como sensação da temporada ao liderar o ranking mundial com sobras. O surfista só se garantiu na disputa na segunda-feira. Ele entrou na briga como convidado da Federação de Surfe do Rio de Janeiro.
- Não sinto pressão. Os caras do tour é que têm de ter. Vamos ver o que acontece - disse Fernandez após sua bateria.
Atual campeão mundial pro júnior, Lucas virou na última onda da sexta bateria contra o amigo e atual campeão mundial Adriano de Souza (13.80). O carioca fez 8.67 e 7.17, totalizando 15.84. Em último ficou havaiano Keanu Asing (13.74), que irá à repescagem junto com Mineirinho.
- Sou muito próximo do Adriano. Pena que não dá para passar os dois. Não poderia ter feito um início melhor, logo em casa - afirmou Lucas.
Gabriel Medina não conseguiu a classificação direta. O campeão mundial de 2014 caiu diante dos convidados Leonardo Fioravanti e Stuart Kennedy. O brasileiro fez apenas 11.80, contra 14.30 do italiano e 12.93 o australiano.
Deivid Silva, Wiggolly Dantas e Caio Ibelli passarão pela repescagem, prevista para acontecer nesta quarta-feira.
Conlogue passa fácil por Silvana
Única brasileira na disputa do Oi Rio Pro, Silvana Lima não teve vida fácil em sua estreia. Ontem, ela somou apenas 5.50 e terminou em último lugar na bateria com a americana Courtney Conlogue (14.76), líder do ranking mundial, e a australiana Bronte Macaulay (6.10).
A cearense, que foi convidada pela organização, encara na repescagem a havaiana Carissa Moore, atual campeã.
– As condições do mar ficaram inconsistentes durante o dia inteiro, em termos das ondas boas. Mas eu tive a sorte de estar no lugar certo na hora certa – disse Conlogue.
Palco distante
O público ignorou a distância entre Grumari e o Postinho, que se tornou palco alternativo do evento, e compareceu em bom número nesta terça-feira.
A praia de Grumari fica em Área de Proteção Ambiental e tem estacionamento limitado a 600 carros. A organização disponibilizou transporte gratuito em micro-ônibus que saem do Shopping Recreio, próximo ao ponto do BRT. Eles partem de 8h às 11h para Grumari, e voltam de 14h às 18h para o mesmo local.
Caso as condições de onda favoreçam a continuidade do evento na quarta-feira, a mesma operação será adotada. Na quinta, o Postinho deve ter sua estrutura toda reconstruída após as ressacas que atingiram o local na semana passada.
Como o LANCE! mostrou na segunda-feira, a escolha por Grumari como uma das opções de palco do torneio levou em conta as críticas de surfistas sobre a poluição e a má qualidade das ondas na Barra da Tijuca.
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