Fabrizio Gallas: ‘Nadal e o enredo do quadril que se repete’
Colunista sofre problemas no quadril após duas partidas de excelência e lembra casos de outros grandes nomes que sofreram com lesão parecida
Lesão no quadril não é fácil. Acabou com a carreira do nosso brilhante Gustavo Kuerten, de Magnus Norman, acabou com a carreira de Andy Murray - sim ele fez cirurgia, voltou, mas nunca mais foi o mesmo com uma o ou outra partida de exceção.
A semana vinha sendo brilhante no retorno de Rafael Nadal. Dois bons jogos, um deles excelente nas oitavas. Nesta sexta vinha jogando bem, nem tanto como o dia anterior, teve três match-points, mas voltou a sentir dores. Dores no quadril. Disse o espanhol que não era no mesmo local da cirurgia, aparentemente mais questão muscular, cansaço, sobrecarga. Um ano sem jogar, duas partidas nas costas e seu desafio mais exigente provocaram o problema.
Deu para notar Nadal jogando de forma bem agressiva na semana, forçando o saque e quando teve jogos em sequência e foi exigido, como nesta sexta, a conta chegou.
A situação preocupa pois o filme parece ter enredo parecido com os atletas acima citados. As questões do quadril limitam fisicamente o tenista para suportar uma semana exigente em jogos de mais de duas ou três horas. Murray, no caso, consegue fazer dois, três jogos pesados, mas a conta chega quase toda semana e outros tenistas de menor nível acabam se aproveitando. Apesar de ser em época passada, quase que duas décadas atrás, Gustavo Kuerten passou por mais de uma cirurgia no quadril, conseguia brilhar em uma ou outra semana, mas também a conta chegava.
Esperamos que esse novo problema de Rafa seja algo apenas questão da falta de jogos e que ele consiga jogar em excelência por maior período nas demais semanas.