Fabrizio Gallas: ‘O GIGANTESCO feito de Thiago Wild’
Fabrizio Gallas comenta a incrível vitória de Thiago Wild como um dos maiores feitos do tênis masculino brasileiro
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Eu avisei que Daniil Medvedev deveria abrir o olho contra Thiago Wild. O brasileiro foi GIGANTE nesta terça-feira. Com letras garrafais.
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Gigantesco por N motivos.
Um brasileiro não ganhava de um top 2 em um Grand Slam desde Gustavo Kuerten em 2004 lá mesmo em Paris. Guga conseguiu a façanha duas vezes apenas apesar de somar três títulos em Paris e em nenhuma delas bateu outro jogadores entre os dois melhores.
Medvedev tem CINCO títulos na temporada. Acabara de vir de um título enorme em Roma, na Itália, e lutava pelo número 1 do mundo. Ou seja, vinha muito confiante.
A quadra central Philippe Chatrier assusta. Ainda mais quando se entra pela primeira vez.
Thiago Wild de nada sentiu isso. Melhor dizendo. Até sentiu, naquele 6 a 4 do tie-break do segundo set e durante todo o terceiro. Mas foi guerreiro, mente firme para virar um jogo que parecia ter ido embora.
E o que foi melhor. Jogando um tênis bonito, vistoso, agressivo. Em suma, um tênis moderno . E de forma destemida.
Relembrou aquele Wild que apareceu assustando a todos vencendo seu primeiro ATP aos 20 anos, derrubando Casper Ruud e Cristian Garin na mesma semana.
Wild parece viver uma nova versão de si mesmo. Aprendendo com os erros cometidos no passado recente e mais equilibrado. Ele está pronto para brilhar mais e mais e virar definitivamente a chave que condiz com a realidade de seu tênis, para se fixar lá em cima.
Agora a chave em Paris parece um pouco aberta até umas oitavas. Guido Pella é um adversário bom, guerreiro, mas acessível e um Nishioka na terceira fase também bem ganhável. É não deixar esse dia de hoje subir à cabeça para segue brilhando em Paris.
Curtinhas:
Medvedev exaltou Wild. Disse que o brasileiro venceu a partida e não se viu jogando mal e que se lembrará por uma semana dessa partida. Afirmou que o brasileiro pode ser top 30 ainda esse ano se mantiver tal nível.
Mais uma vez Thiago Monteiro tem chances de um grande resultado, mas falha em duas bolas e perde. Vinha em uma reação fenomenal, mas acabou caindo diante do alemão Yannick Hanfmann. Infelizmente as derrotas dessa forma vem se sucedendo para o cearense e as chances vão se escapando. E a cada torneio isso causa um baque na confiança. É reencontrar o rumo das vitórias.
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