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Guga: ‘Se jogasse sem público, não venceria nenhum título em Roland Garros’

Brasileiro comentou também sobre a torcida para que o torneio se realize e que os Big 3 também participem dos Slams caso tenham esse ano

Gustavo Kuerten conquistou Rolando Garros pela primeira vez ao derrota Sergi Bruguera por 3 a 0
imagem cameraReprodução
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Lance!
Florianópolis (SC)
Dia 09/06/2020
18:23

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Em bate-papo com a imprensa sobre os 20 anos do BI de Roland Garros em 2000, Gustavo Kuerten comentou também sobre a realização de Roland Garros e do US Open nesta temporada e comentou que se tivesse que jogar sem público em sua época, não ganharia nenhum dos três títulos.

Guga comentou que torce para que todos do Big 3, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, estejam presentes e que os eventos voltem para fim de agosto/setembro. As entidades do tênis tem reuniões esta semana que podem selar o retorno no circuito de verão americano em agosto ou para o saibro europeu em setembro culminando com Roland Garros para o fim daquele mês.
Para o US Open a hipótese baseada em protocolo apresentado previamente a jogadores, é que o torneio seja sem público, com testagens regulares e limitações de levar um membro do staff apenas ao torneio, algo questionado e chamado de extremo por Djokovic.
"Se eles conseguirem, tomarem os cuidados necessários, trazer um cenário adequado para a competição, imaginando com os principais, presença Federer, Nadal e Djokovic, quando vi estava eu na torcida imaginei de estar na torcida ou na quadra ou pela televisão. Fico nessa linha de sensação, esperança, tomara que aconteça", disse Kuerten que seguiu.
"Mesmo sabendo, me chamou a atenção, toda clareza e experiência própria de que se for pensar nos meus três títulos, se tivesse que jogar sem torcida naquela época, eu não ganharia nenhum dos três (...) Na minha geração não imagino entrar e jogar sem público, não tem muito nexo. Mas se eu quisesse ser o número 1 do mundo, ganhar mais um Slam lá dentro do furacão, tendo toda a segurança para jogar sem público ? Talvez tivesse outra perspectiva.Mesmo dessa forma hoje, com torcida controlada ou cenário sem ninguém presente nas arquibancadas, num símbolo de esperança de transmitir inspiração para as pessoas, conseguindo atender o protocolo, seria muito legal ver esse Grand Slam. Fica na minha cabeça como torcedor que sim que eles consigam realizar e que os melhores jogadores participem dos Slam, se der agora em setembro ou o mais cedo possível".
Apesar da torcida, Guga salientou que vê como improvável que todos os Big 3 participem dos Majors caso o circuito retorne este ano caso aconteçam em setembro: "Todos os três querem disputar os Grand Slams, vão buscar o melhor dos esforços para catalizar as ideias e colocar em prática. Qual a chance dos três não irem ao Grand Slam se for em setembro, acho improvável os três irem em setembro que está aqui na esquina (logo), mas é uma decisão pessoal . O importante é se tiver uma organizar e o protocolo definido, a partir disso montado, se adaptar, aí começa a ser mais pontual com cada um tendo seus desejos e análises e perspectivas. Djokovic, Federer e Nadal vivem cada um circunstâncias diferentes para cada torneio, com símbolos distintos , momentos de vida. Distantes vendo Federer e Djokovic. Um (Federer) está jogando oito, dez torneios do ano, outro (Djokovic) está buscando ser o número 1, recordes a cada semana, daí fazendo o dever de casa que é muito difícil com uma encruzilhada delicadíssima da ATP, ITF, precisa entrar em profundidade para tomar uma decisão."

Guga comentou como seria a aura do torneio caso aconteça com pouca torcida ou sem público: "Tudo isso vai de acordo com a própria comunicação e a maneira exposta pois é uma hora que vai se discutir tudo, pode ser ver como polêmica ou encontro de soluções, não tem nada já feito, um parâmetro, vão precisar construir uma nova realidade, e aí gera uma nova série de opiniões inversas, similares, convergentes. O tênis tem um ambiente saudável para isso que deve transformar em algo construtivo com torneios e os Grand Slams que são nossa Copa do Mundo, mas de uma maneira segura, com confiança, confortável, com legitimidade para competência dos tenistas, talvez o mais parecido como era antes e no transcorrer em diversos assuntos para um lado ou para o outro. Tem que decidir, é papel dos representantes, forças principalmente ao protocolo do tênis já montado que é super profissional e chegar a um denominador comum. Isso vai ser suficiente para que um jogue ou outro não, não dá para afirmar."

Guga completa 20 anos da conquista do BI nesta quinta-feira, dia 11.

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