Guga quer Bellucci de volta ao top 100 e cria time para integrar talentos
Tricampeão de Roland Garros oficializa a iniciativa do 'Time Guga' para permitir o convívio entre destaques da nova geração e nomes consagrados da modalidade, com foco no futuro
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Em uma edição de Rio Open marcada por zebras, Guga apareceu com olhar esperançoso. Se as grandes atrações, como o austríaco Dominic Thiem (7º da ATP), já frustraram o público com eliminações precoces, é tempo de apreciar os que os novos nomes do tênis tem a mostrar e, por que não, apostar nos brasileiros? Ao seu lado, o tricampeão de Roland Garros oficializou nesta quarta-feira o "Time Guga", iniciativa que pretende unificar os principais atletas da nova geração do país a atletas de peso, com foco em melhores resultados.
Ao lado do ex-jogador, estavam experientes Bruno Soares e Thomaz Bellucci, que Guga pretende recuperar. Da nova safra, tenistas como Mateus Alves, de 18 anos, e Natan Rodrigues, de 17. Treinador de Bellucci, Thiago Alves também fará parte da equipe, que terá sedes em Joinville (SC), Belo Horizonte e São José do Rio Preto (SP). Eles trocarão experiências e manterão uma união em meio à correria dos circuitos.
- A ideia é darmos um ambiente e um cenário mais favorável a esse garotos, e ajudá-los a fugir das enrascadas. Queremos acelerar um processo de extremo valor - afirmou Guga, que reconheceu o momento difícil da modalidade.
- Perdemos uma Copa Davis que era para termos vencido, mas vamos continuar contagiando as pessoas, para o tênis voltar a ter sucesso.
Atualmente, o melhor tenista de simples do país é Thiago Monteiro (126º). Em seguida, o mais bem posicionado é Rogério Dutra Silva (142º). Em decadência nos últimos anos, Bellucci aparece somente em 234.
- Nós queremos recolocá-lo no top 100. Depois, vai ser mentor. Mas vamos botar ele de novo lá, vai treinar, vai jogar. E isso para os meninos cria um rastro. É importante um Mateus se sentir parte deste universo. Marcelo e Bruno já estão consagrados. Essa é nossa hora de ter autoestima. A mensagem que passamos há 15, 20 anos precisa ser reforçada. O Rio Open fez o máximo esforço, e esse ano foi um dos mais difíceis. É um banho de água fria perder esses caras favoritos na primeira rodada, mas vamos achar outros pontos de apoio - disse Guga.
Bellucci se mostrou animado com a chance de fazer parte do Time Guga, que contará ainda com os jovens Pedro Boscardin e João Loureiro.
- É um projeto muito legal, é dar a oportunidade para essa molecada ter exemplos, algo que eu e Bruno não tivemos quando juvenis - falou Bellucci.
Campeão do US Open em 2016, com Jamie Murray, Bruno Soares admite que a carreira se encaminha para o desfecho e não pretende abandonar o tênis. Ele foi um dos idealizadores da iniciativa de unir os talentos do país, com Guga.
- Nossa ideia é criar uma cultura de tênis no Brasil. A maioria dos nossos resultados vem ao acaso, de formas individuais. Tenho a sorte de estar perto dos melhores do mundo, vejo a dinâmica das pessoas que fazem os melhores trabalhos. Das conversas, desenhamos isso aqui. A ideia começou anos atrás, quando levamos o Mateus e Thiago (Alves) para algumas cidades. É um dia bastante especial para todos nós - afirmou Soares, que disputa a chave de duplas do Rio Open ao lado de Marcelo Melo, em busca do primeiro título e do fim da sina de ser eliminado nas semifinais.
Apesar do otimismo, o dia não foi bom para os brasileiros. Em partida que havia sido interrompida pelas chuvas, o paranaense Thiago Wild foi derrotado pelo japonês Taro Daniel (73º): 2 sets a 1, com parciais de 3-6, 6-3 e 6-2. Em seguida, Monteiro não resistiu ao eslovaco Aljaz Bedene, que avançou para as quartas de final com triunfo por 2 a 0, parciais de 6-3 e 6-4.
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