Kyrgios: ‘Não vou criar expectativas injustas’

O australiano Nick Kyrgios, número 31 do mundo, afirmou, em entrevista coletiva, estar se sentindo bem após a semana de treinos realizada em Wimbledon. Ele estreia nesta segunda-feira contra o belga David Goffin.

"É o melhor torneio do mundo. Trabalhei muito para ter a possibilidade de me preparar e tentar jogar. Ainda acho que há alguns pontos de interrogação, é claro. O fato de serem cinco sets torna-o completamente diferente. No ano passado tive a preparação mais ideal possível. Não é o mesmo este ano. Não vou desacreditar o trabalho desses últimos seis meses para manter minha forma física e voltar aos trilhos. Treinei com jogadores muito bons esta semana e meu corpo está bem. Não vou criar expectativas injustas. Vou fazer tudo o que puder para jogar um bom tênis", disse o australiano, atual vice-campeão do torneio.

“Eu mantenho o positivo. Pude passar mais tempo em casa, algo que não tinha antes. Nos últimos oito anos da minha vida, mal estive em casa. Também tem sido de partir o coração. No ano passado senti que tudo deu certo, competindo pelos Grand Slams, final em Wimbledon. Quase não perdi um jogo. Fiz a terceira melhor temporada do circuito. Obviamente meu corpo estava clamando por uma pausa. Tem sido difícil."

Ele se mostrou realista com seu estado atual: "Não me esqueço do ano passado. O que acontece com o tênis é que o circuito é muito vigoroso, há torneios semana após semana. Você não tem tempo para refletir sobre o que fez. Agora tive tempo de ver tudo o que fiz. Eu queria ir para mais. Desistir do Aberto da Austrália foi uma das coisas mais difíceis que tive que fazer. Eu senti que poderia ganhar o torneio. Obviamente desde então eu tive que fazer uma cirurgia. Tem sido brutal porque todos esperam que eu seja o mesmo jogador imediatamente. Isso é muito difícil. Perdi em Stuttgart e as críticas foram enormes. Meu primeiro jogo de volta. É difícil ser o mesmo jogador que você era imediatamente. Ainda assim, espero o mesmo tênis que joguei no ano passado, mas não acho que seja justo agora”.

“Não tenho visto muito tênis, há alguns jogadores que gosto de assistir. Se estiverem jogando, dou uma olhada nos marcadores, como Tiafoe ou Thanasi. Obviamente, as finais do Grand Slam. Eu vi muito do Aberto da Austrália. Ver o que Alcaraz conseguiu fazer em tão pouco tempo é uma loucura. Ele tem muita disciplina e adora o esporte. É divertido assistir. Adora envolver a torcida, que entoa seu nome. Mas, honestamente, não sinto falta do esporte. Eu estava com medo de voltar, mas é o meu trabalho."