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Monica Seles: 27 anos de uma das cenas mais tristes do esporte

A facada que mudou os rumos do tênis feminino

Outras grandes tenistas brilharam em Roland Garros. A iugoslava Monica Seles foi campeã em 1990, 1991 e 1992
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Lance!
Hamburgo
Dia 30/04/2020
14:20

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Por Ariane Ferreira - A ex-líder do ranking, Monica Seles, tem 30 de abril de 1993 como o "pior dia de sua vida". Aos 19 anos, Monica vivia como um dos maiores fenômenos da história do tênis e por conta disso, foi esfaqueada em quadra por um torcedor.

Nascida na Iugoslávia, em Novi Sad, hoje território sérvio, e naturalizada norte-americana, Monica era tida por muitos como a única tenista capaz de alcançar e quem sabe bater os feitos da alemã Steffi Graf - dona de 22 títulos do Grand Slam, que na ocasião do ocorrido tinha conquistado 11 títulos. E foi este o motivo do ataque por ela sofrido.

Seles foi esfaqueada diante de um público de mais de seis mil pessoas presentes à quadra durante as disputas do extinto torneio WTA de Hamburgo, na Alemanha. A apunhalada pelas costas por pouco não deixou Monica incapaz de andar, chocou o mundo e traumatizou a jovem, que ainda tentou retomar a carreira dois anos depois, sem o mesmo brilho.

Um mês após seu retorno em 1995, Monica conquistou o torneio do Canadá, hoje Premierè, e em 1996 emocionou o mundo ao vencer o Australian Open pela quarta vez. Na oportunidade, confessou que não estava livre do fantasma do atentado: "Nos pontos longos, começo a pensar na faca, as lembranças vêm. Eu tento falar pra mim mesma para esquecer as coisas ruins e me concentrar no jogo, mas a realidade ainda está lá. Não posso esquecer".

Monica é a quinta maior tenista da história na liderança do ranking feminino, 178 semanas no total. Ela ficou 91 semanas seguidas na liderança do ranking, entre setembro de 1991 e junho de 1993, quando Graf retomou o posto com a parada de Seles, que não teve seu ranking 'congelado', após o atentado, por escolha das colegas. Apenas a argentina Gabriela Sabatini, que se absteve, não votou contra o congelamento, dos pontos de Monica até o fim de sua recuperação.

A tenista, até o atentado, havia sido tricampeã em Roland Garros e Australian Open, além de bicampeã no US Open e finalista de Wimbledon em 1992. Após seu retorno venceu mais uma vez o Australian Open, fez a final em Paris em 1998 e em Nova York em 1996. Monica, que acumulou 53 títulos na carreira, ainda foi medalhista de prata nas Olimpíadas de Sidney em 2000 e entrou para o Hall da Fama do Tênis em 2009.

O agressor, Gunther Parche, que é alemão e tinha 38 anos na ocasião, foi preso instantes após o ataque e três meses depois foi liberado pela justiça alemã que se justificou alegando que Parche comprovadamente sofria de insanidade mental. O agressor afirmou no momento de sua prisão e em outras oportunidades que atacou Monica para que ela não 'destronasse' Steffi Graf, por quem era obcecado.

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