Sakkari comenta suspensão de Halep e reclama de programa antidoping

Grega não faz defesa pública da romena, mas corrobora em suas reclamações

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Em entrevista coletiva após vencer nas oitavas de final do WTA de San Diego, nos Estados Unidos, a grega Maria Sakkari, 9ª da WTA, foi questionada sobe a suspensão de 4 anos que a ex-número 1 do mundo Simona Halep recebeu por infringor regras do antidoping.

“Uma coisa que posso afirmar com certeza é a maneira como eles lidam com cada situação com qualquer jogador, qualquer atleta, é simplesmente assustador. Chegaremos a um ponto em que nem sequer tomaremos eletrólitos", iniciou a grega que optou por não falar especificamente do caso de Halep, mas comentou situações das quais a tenista romena reclamou como procedimentos de investigação, forma como os exames são colhido e também do processo de funcionamento do chamado "passaporte biológico".

"Felizmente, não estive nessa posição. Nunca quero estar. Tenho tido muito cuidado com tudo que tem a ver com suplementos. Mas não sei qual é o processo, como as coisas são feitas a portas fechadas. Não sei quem tem direito a dizer uma palavra. Não tenho ideia", explicou ela.

Halep, em seus comunicados antes da finalização do processo, reclamou publicamente do que chamou de "falta de transparência" da investigação e ainda contestou as decições e pedidos de adiamento de seu julgamento por parte da acusação. De acordo com a própria Halep, seu julgamento foi adiado ao menos em três oportunidades.

Sakkai aproveitou a oportunidade para reclamar do "aplicativo de localização dos atletas", que faz parte do chamado "passaporte biológico" e que tem por função monitorar a presença global dos atletas em competição e fora dela. Metade da pena de quatro anos da romena foi por "violações" nesse sistema.

"Com certeza melhoraria o aplicativo de localização do que o aplicativo antidoping, ele não funciona bem. A princípio ele deveria te lembrar todos os dias do seu horário e isso não acontece. Tentaram melhorá-lo, mas não está funcionando muito bem. Para nós, que viajamos muito em comparação com outros atletas, é muito estressante. Acordo quase todas as noites para usar o banheiro. Se isso estiver perto do meu horário, estou apenas pensando 'Devo ir? Eu não vou? Devo apenas esperar se eles (equipe de coleta) vierem? É muito estressante”, finalizou.