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Um dos formadores de Bia Maia chega à 40ª temporada lançando jovens talentos

Carlos Omaki se destaca no cenário nacional como treinador e Coach<br>

Carlos Omaki com a equipe e os troféus
imagem cameraDivulgação/COT
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/02/2023
09:47

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A diferença entre um treinador e um professor de tênis, está principalmente no nível de interesse que um e outro tem sobre a evolução do seu aluno ou atleta. Na maioria das vezes um professor estará mais focado nas questões técnicas, no ensino básico do jogo.

Já um treinador busca o nível competitivo e seu trabalho estará sempre sendo avaliado através do desempenho de seus pupilos nas competições , tendo que se preocupar com uma formação muito mais integrativa de todos os aspectos inerentes ao jogo de tênis , que vão desde as regras , o físico, além da técnica dos golpes.

Já o Coach precisa ou ao menos deve ser um profissional que além de todos os aspectos citados anteriormente, trabalha a fundo as questões mentais. A aquisição de novas experiências , o controle das expectativas e realidades de cada fase do desenvolvimento de seus discípulos.

Um trabalho obstinado que muitas vezes envolve ou ao menos deveria envolver o acompanhamento de seus atletas em competições. Treinadores de formação ou alto nível muitas vezes passam épocas onde convivem mais com seus atletas do que com seus próprios familiares.

Um relacionamento que vai muito além do comercial , um comprometimento que nem todos os profissionais estão dispostos a assumir. Em uma conversa com um dos melhores treinadores de tênis do Brasil , obtivemos alguns números impressionantes sobre o trabalho de equipes técnicas.

Em São Paulo, na região do Ceagesp, onde atua uma das mais conceituadas equipes técnicas do país, na Paulistana Academia de Tênis. Coordenada por um dos mais experientes técnicos brasileiros em atividade, dono de dois prêmios de "Melhor treinador brasileiro de categorias de base", está o paulista Carlos Omaki.

Omaki é responsável pela formação de dezenas de campeões brasileiros e sul-americanos. Ele é um dos treinadores que mais formou jovens que pontuaram nos rankings da ITF (Federação Internacional de Tênis) juvenil e profissional, ATP e WTA. É também um dos que mais encaminhou jovens para universidades norte-americanas e japonesas com bolsas de estudo.

Perguntado sobre esses números Omaki prefere destacar a enorme quantidade de jovens que passaram por suas quadras e que ou jamais pararam de jogar, ou voltaram pós faculdade e universidade e um espantoso número de atletas que seguiram dentro do esporte como profissão.

Números que demonstram que mais do que simples vitórias ele coleciona números de amantes do tênis espalhados pelo mundo. Jovens que foram tremendamente influenciados para o amor ao esporte.

Ao se referir ao seu trabalho Omaki já abre a conversa com números incríveis como estar no seu 40° ano de atividades como Treinador e Coach e quase o mesmo tempo como coordenador e gestor de equipes de treinadores , outra função onde é apontado como um dos melhores do país.

Ele que não gosta de mencionar ex-atletas e diz não ficar confortável em se utilizar do sucesso deles para se promover já treinou entre outros grandes nomes a melhor tenista brasileira da atualidade e que já é uma das melhores da história do nosso país Beatriz Haddad Maia.

Omaki e mais dois assistentes já acompanharam, somente em 2023, trinta jogadores em mais de 400 partidas. Foram mais de 600 horas de jogos só em janeiro. Ficando bem fácil de entender números como mais de 2.000 jogos acompanhados por ele e equipe em 2022.

Somente em janeiro de 2023 os atletas da Equipe COT (Carlos Omaki Treinamento), já fizeram 57 finais nacionais. Responsável também pelo treinamento competitivo e acompanhamento dos atletas de um dos maiores clubes do país, o Club Athletico Paulistano e também de todo o sistema de aulas de um dos mais tradicionais clubes do Brasil o Tenis Clube Paulista.

Questionado sobre como isso é possível , a resposta é simples: "Todos os anos organizamos eventos que sejam motivacionais e sirvam para arrancar o ano competitivo, ganhar ritmo e buscar importantes pontos no ranking nacional. Este ano como na maioria dos últimos, arrancamos no Circuito nacional de verão no Nordeste, o Rota do Sol. Não cuidamos de mais de 400 jogos apenas. Cuidamos de 30 crianças e adolescentes 24 horas por dia, durante 24 dias. Foram 19 dias de competição e alguns atletas chegaram a maratona de 33 partidas, sendo 19 de simples e 14 de duplas, quase 500 games disputados em mais de 50 horas de jogo, por atleta" conta o técnico.

Vinte e quatro dias longe de casa, com a responsabilidade de cuidar do bem mais precioso que uma família possui: seus filhos.

Ao falarmos com alguns dos jovens que participaram desse evento, notamos todo o entusiasmo que transmitem ao relatarem assuntos referentes a viagem como um todo e a satisfação sobre os resultados obtidos. Mesmo alguns jogadores que não tiveram o mesmo número de vitórias e pontos do que os que foram melhor, demonstram satisfação por terem atingido seus próprios objetivos, a expectativa e realidade.

Omaki e sua equipe já tem programadas viagens ao longo de todo o ano para as mais diversas competições , sejam estaduais, nacionais e internacionais, que envolvem desde torneios Kids até torneios mundiais juvenis e profissionais.

Ao acompanhar a rotina de uma equipe de treinadores como a COT, podemos entender porque nossos juvenis estão sempre metidos entre os melhores do mundo e como são formados jovens atletas que atingem resultados expressivos e representam nosso país pelo mundo.

Dizer que existem muitas equipes que atuam como esta seria um exagero mas existem algumas no país e desenvolvem um importante papel que sempre nos colocou entre os melhores países de formação do mundo.

Uma condição que melhora a cada dia como ficou provado no ano passado com o título mundial de 16 anos na Turquia onde o Brasil venceu países como Austrália, França, Itália e Estados Unidos.

Um cenário extremamente positivo que segue preparando grandes promessas que precisam ser melhor cuidadas aos treinadores e programas de transição do juvenil ao profissional, talvez o grande calcanhar de aquiles do nosso tênis.

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