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TIM 4G: Marcelo Adnet: “O Botafogo é uma cachaça para mim”

Humorista fala do amor pelo Alvinegro e relembra resistência a provocações na infância

Marcelo Adnet (Botafogo)
imagem cameraMarcelo Adnet relembra com carinho de cavadinha de Loco Abreu contra o Flamengo (Arquivo Pessoal)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 31/05/2017
18:57
Atualizado em 04/07/2017
12:47

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Não era muito fácil ser criança e torcedor do Botafogo ao mesmo tempo na década de 1980. O jejum de títulos do Alvinegro era um prato cheio para provocações dos rivais, que chegavam a cantar “Parabéns pra você” nos jogos no Maracanã. Não são raros os casos de meninos e meninas que viraram a casaca para fugir das piadas, Mas Marcelo Adnet, um autêntico piadista, não se abatia. Pelo contrário, se fortalecia e a cada decepção o sentimento de paixão pelo clube só aumentava. O humorista, um dos astros do programa “Tá no Ar: a TV na TV”, da Rede Globo, é um verdadeiro torcedor TIM 4G, daqueles que sempre estão presentes e disponíveis quando o assunto é o Fogão.

Nascido em 1981, Adnet cresceu numa família toda alvinegra. Mas a genética não era a única garantia de que o garoto seguiria a tradição. O Botafogo vivia a pior fase de sua história, com um jejum que durava desde 1968, ano em que conquistou a Taça Brasil e o Carioca. O menino Marcelo ouvia muitas piadinhas sobre o clube do coração, mas o ano de 1989 compensaria tudo o que ele vivera até então.

- O Estadual de 89 é um dos mais valorizados da história do futebol carioca por tudo aquilo que representou, com o fim do jejum. Lembro até hoje que, após o jogo, fui a General Severiano com meus pais, minha irmã e amigos para comemorar. As piadas me deixavam mais forte, como uma barata que resiste a um inseticida. Todo botafoguense é resistente, fanático, apaixonado. É raro você ouvir de um alvinegro que ele é Botafogo, mas não acompanha muito – disse ele.

Para reforçar o sentimento que em geral domina os torcedores do clube, o humorista não se preocupa com a comparação que é feita entre o Botafogo e os três rivais que tem no futebol carioca.

- Quem torce pelo Botafogo não se preocupa pelo fato de o clube não ser o maior vencedor de títulos, de não ser o time da moda. O botafoguense se identifica com o escudo, com a história de um clube tradicional, com os craques. Tem orgulho, resistência, tudo a ver com os cariocas. O Botafogo é uma cachaça para mim – define.

Por motivos óbvios, o título estadual de 89, comemorado diante do Flamengo com gol de Maurício, está entre os mais marcantes da vida de Adnet, que destaca ainda duas conquistas que viriam nos anos seguintes: a Conmebol, em 1993, quando tinha 12 anos, e o Brasileiro, em 1995, com 14. Mas são duas finais - uma vencida e outra perdida - contra o rival rubro-negro que despertam mais emoção no ator.

- No Estadual de 2010, aquela cavadinha do Loco Abreu contra o Bruno é muito marcante, por tudo o que significou – lembra ele, em alusão à prisão do goleiro pouco mais de dois meses depois daquele jogo por assassinato da amante Elisa Samúdio. – Aquele título vingou a final de 2007, quando o Djalma Beltrami (árbitro) no fim do jogo anulou um gol e expulsou o Dodô. O time de 2007 era muito bom, muito marcante.

É claro que depois daquela cavadinha Loco Abreu entraria na lista dos ídolos de Adnet, que cita ainda Túlio Maravilha, Seedorf e Jefferson entre aqueles que viu jogar, e Heleno de Freitas, Garrincha, Nilton Santos, Quarentinha e Zagallo entre aqueles de quem só ouviu falar e viu imagens. Sobre o tema, o humorista fez um funk, o “Rap de A a Z dos ídolos do Botafogo” que pode ser facilmente achado no Youtube.

Torcedor daqueles que frequentam a arquibancada, o humorista por algumas vezes já faltou ou mudou o horário de gravações para poder estar mais perto do Fogão. O único medo dele era ser flagrado pelas câmeras no estádio:

- Já pensou eu aparecer na TV e o narrador comentar “olha quem está aí”? – se diverte.
Como todo alvinegro, Adnet é supersticioso. Ao mesmo tempo em que mostra confiança no atual time do Botafogo, prefere a cautela ao sonhar com voos mais altos na Libertadores:

- Não penso ainda em título. O time está em boa fase, unido, mas tem uns probleminhas a serem corrigidos. A conquista ainda está longe.

O humorista é só elogios ao técnico Jair Ventura e destaca os jogadores do elenco que lhe agradam.

- O treinador é ótimo, jovem, ama o clube, se emociona. O Jair faz um trabalho simples. Entre os jogadores, gosto do Sassá, que está de saída; do Pimpão, que vive a melhor fase da carreira; do Gatito Fernãndez, que bateu no peito e assumiu o lugar do Jefferson; do Carli, nosso xerife; do Camilo, nosso craque; do Montillo, que vai voltar a jogar... Temos jogadores interessantes – garante Adnet, que já participou de diversas ações de marketing no clube e, em 2012, foi o mestre de cerimônias na apresentação de Seedorf à torcida, no Engenhão, hoje Estádio Nilton Santos.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM contará a história de outros torcedores famosos que dão “a maior cobertura”, “que estão sempre presentes” e “disponíveis” para o seu time. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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