TIM 4G – Stepan Nercessian: “Eu minto muito por causa do Botafogo”

Alvinegro fanático, ator conta as loucuras que já fez pelo clube do coração

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A história de Stepan Nercessian por diversas vezes o desafiou a não torcer pelo Botafogo. Mas, segundo o próprio, o destino foi mais forte e fez dele um apaixonado pela Estrela Solitária, destes que colocam o clube entre as coisas mais importantes da vida. O amor pelo Alvinegro, que um dia ele achou que diminuiria ao longo dos anos, só aumenta, o que faz do ator um autêntico torcedor TIM 4G, daqueles que sempre estão presentes e disponíveis quando o assunto é o Fogão.

Stepan ainda morava em Goiás e já tinha um time, o Vila Nova. Colecionar figurinhas de futebol era uma das diversões de infância. No álbum, clubes de Rio de Janeiro e São Paulo. Um deles, o Botafogo, tinha caras “repetidas” sempre que a Seleção Brasileira jogava. Na cabeça de criança, a confusão entre o Alvinegro e o Brasil era plenamente justificável. Era como se fosse a mesma equipe. Começava ali a história dele com a Estrela Solitária.

Com 16 anos, Stepan passou num teste para ser o protagonista do filme “Marcelo Zona Sul” e se mudou para o Rio de Janeiro, em 1970. Era hora de testar se aquela simpatia surgida nas figurinhas evoluiria para paixão. A estreia no Maracanã só foi acontecer alguns meses depois, já em 1971, e justamente numa final de Campeonato Carioca, entre Botafogo e Fluminense, que é polêmica até hoje.

- Estreei como torcedor do Botafogo sendo roubado pela arbitragem. Hoje, tenho uma relação de amor com o clube, que faz parte da minha vida e se confunde com fatos alegres e tristes. O Botafogo está entre as coisas mais importantes da minha vida. Pensava que, mais velho, ficaria menos apaixonado, mas, quando finjo que não estou ligando, é pior. Minha família toda é botafoguense por minha causa – declara-se o ator, que naquele mesmo passou a integrar o elenco da Rede Globo.

O “roubo” a que se refere Stepan diz respeito ao gol do título do Fluminense, marcado por Lula aos 43 minutos do segundo tempo. A polêmica, de parte do Botafogo, se deve à acusação de que o lateral tricolor Marco Antônio fez falta no goleiro alvinegro, Ubirajara Motta, o que facilitou a conclusão para o fundo da rede. Para um torcedor novato, a decepção poderia ter sido motivo para que virasse casaca. Mas não para ele, que teimava em acreditar no destino.

Os anos se passavam, a carreira de ator se consolidava, mas o Botafogo amargava um jejum de títulos desde 1968. Muitos diziam que o clube, sufocado por dívidas, acabaria. Até que o contraventor Emil Pinheiro, conhecido bicheiro carioca, resolveu investir dinheiro no clube, em 1988.

- Vivi momentos de tristeza, como ver o Botafogo quase acabar. Foram anos difíceis. Uma vez, após um jogo, ganhei uma camisa de um jogador. Quando estava indo embora, o roupeiro me chamou e pediu a camisa de volta, pois faria falta ao clube. Tenho muita gratidão pelo Emil por salvar o Botafogo da derrocada – conta Stepan.

Com a ajuda financeira de Emil, que em 1991 seria eleito presidente do clube, o Botafogo montou o time que acabaria com o jejum de títulos em 89, diante do Flamengo. E Stepan, finalmente, pôde gritar “é campeão!” oficialmente como alvinegro. Naquela época, ele já era um botafoguense conhecido, o que o fez cometer algumas “loucuras” pelo clube.

- Quando estou trabalhando e o Botafogo está jogando no mesmo horário, não consigo me concentrar em nada. Uma vez, no teatro, entrei em cena com fone de ouvido para escutar um jogo. Eu minto muito por causa do Botafogo. Quando sei que o time vai jogar na mesma hora de um compromisso, digo que não vou poder ir, invento uma desculpa para poder estar livre durante a partida – diverte-se ele.

A lista de ídolos alvinegros de Stepan tem muitos que apareciam nas figurinhas que ele colecionava em Goiás, como Garrincha, Nilton Santos e Didi. Tem outros que ele nem viu jogar, como Heleno de Freitas. Nomes óbvios, como Paulo César Caju e Túlio Maravilha. Mas também tem jogadores dos tempos de jejum de títulos:

- Gostava de Mendonça, Berg, Rocha, Helinho, Josimar... Todo mundo que se entrega pelo Botafogo é maravilhoso, o torcedor reconhece isso.
Sobre o time atual, Stepan é só elogios, por mais que reconheça que “o elenco está jogando na conta do chá”.

- O momento é milagroso. O time tem dado mais alegrias do que tristezas, mesmo faltando reforços. A equipe é aguerrida e vai longe na Libertadores – prevê o ator, que está pensando mesmo é no Mundial de Clubes, no fim do ano. – Estou concentrado no Real Madrid. O resto é resto.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM contará a história de outros torcedores famosos que dão “a maior cobertura”, “que estão sempre presentes” e “disponíveis” para o seu time. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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