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TIM 4G: Abel Braga, cria da base tricolor e técnico de sucesso

Treinador foi zagueiro viril e passou também por Vasco e Botafogo

Abel Braga
imagem cameraReprodução
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 26/10/2017
09:23
Atualizado em 27/10/2017
08:30

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A identidade do hoje treinador Abel Braga com a torcida do Fluminense não é à toa. Revelado nas categorias de base do Tricolor, o zagueiro Abel Carlos da Silva Braga, nascido em 1º de setembro de 1952, no Rio de Janeiro, conquistou três campeonatos estaduais nas Laranjeiras, onde ficou entre 1968 e 1975. Abel levantou a taça do Carioca nas edições de 1971 - ano em que subiu para os profissionais -, 1973 e 1975, sendo um grande jogador TIM 4G do passado, sendo um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas.

Abel chegou novamente à final do Estadual em 1976 e viu o Flu ser campeão, mas já estava do outro lado, defendendo o rival Vasco, e amargou o vice-campeonato. No ano seguinte, no entanto, ainda em São Januário, foi campeão e, por conta do vigor físico e da firmeza na marcação - mas de forma limpa e leal, ele sempre enfatizou - ganhou o apelido de Abelão. Foi ídolo tanto na Colina quanto nas Laranjeiras.

Depois de defender o Vasco, Abel passou ainda por clubes como o Paris Saint-Germain, da França (1979 a 1981), Cruzeiro (1981/1982), Botafogo (1982 a 1984) e Goytacaz (1984-1985), onde encerrou a carreira, aos 33 anos. No PSG, atuou em 45 partidas e marcou nove gols, dando vazão a uma das suas características de partir ao ataque quando tinha segurança e respaldo dos companheiros.

Com a camisa da Seleção Brasileira, Abel jogou cinco partidas e foi reserva de Oscar na Copa do Mundo de 1978. Assim que encerrou a carreira de jogador no Goytacaz, Abel deu início à de treinador, no mesmo clube do Norte do Rio.

Formado em Educação Física, partiu para Portugal para treinar o Rio Ave, em 1986, e construiu um currículo de títulos, glórias e respeito com a prancheta nas mãos.

A seriedade com a qual parava os atacantes na área quando era jogador foi mantida na nova função. De temperamento firme e personalidade forte, Abel ficou conhecido por manter um ambiente cordial, mas de disciplina em seus elencos e também por cobrar reforços e boas condições de trabalho às diretorias dos clubes pelos quais passou.

Como técnico, Abel Braga conquistou os estaduais em quase todos os times que defendeu e comandou os quatro grandes do Rio. Atualmente, cumpre a terceira passagem pelo Fluminense. O único clube no qual retornou mais vezes foi o Internacional: quatro (1995, 2003, 2006-2008 e 2004).

No futebol carioca, chegou a duas finais de Copa do Brasil consecutivas. Na primeira, em 2004, com o Flamengo, foi à decisão como favorito, contra o Santo André, e com moral, após ter conquistado o Estadual daquele ano. Mas amargou o vice. Em 2005, no Fluminense, o filme se repetiu: foi novamente campeão do Carioca e caiu na final da Copa do Brasil para um clube do interior de São Paulo, o Paulista.

O destino, no entanto, lhe reservava algo muito maior. Em 2006, Abel retornou a Porto Alegre para assumir o Inter. Perdeu o Gauchão, mas levou o Colorado à conquista da sua primeira Libertadores e a uma vaga no Mundial de Clubes da Fifa. Em dezembro, conduziu o Inter ao maior título da história do clube após derrotar o poderoso Barcelona por 1 a 0 na final.

Santa Cruz, Famalicão (Portugal) Belenenses (Portugal), Vitória de Setúbal (Portugal), Atlético-MG, Olympique de Marselha (França), Paraná, Coritiba, Atlético-PR, Ponte Preta e Al-Jazira (Arábia) foram outros clubes treinados por Abel. Na última segunda-feira, Abel foi homenageado pela Fifa. Infelizmente, o motivo não foi sua performance vencedora como treinador, e sim o fato de ter passado por um drama pessoal, a morte do filho João Pedro Braga, em julho deste ano, em um acidente doméstico. Mesmo assim, seguiu honrando seus compromissos com o futebol e recebeu apoio das torcidas do Fluminense e também dos rivais.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.


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