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Iris Sing, uma atleta exemplar no taekwondo

Lutadora vence falta de apoio, mantém projeto social e sonha com medalha

Iris Tang Sing - Petrobrás
Iris Tang Sing terminou 2015 na sexta colocação no ranking até 49kg

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Iris Tang Sing é o que se pode chamar de exemplo de atleta. Integrante do Time Petrobras, ela foi a primeira brasileira do taekwondo a garantir vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016, venceu a falta de apoio dentro da própria casa e, aos 25 anos, mantém um projeto social na cidade em que nasceu, em Itaboraí, interior do Rio de Janeiro, contemplando 80 crianças carentes. Uma das esperanças de medalha do Brasil, ela sonha:

- Até há pouco tempo, não tinha me imaginado nem em uma Olimpíada, muito menos em casa. Estou muito feliz e orgulhosa por competir no meu país. Quero medalha, venho treinando para isso. Espero fazer o melhor para estar no pódio – disse ela.

Iris, criada no bairro pobre de Porto das Caixas, em Itaboraí, começou no taekwondo aos 13 anos, levada por uma amiga de escola. O pai, que sempre gostou de esporte, deu apoio, mas a mãe, não. Ainda menina, Iris ouviu em casa que esporte não levava ninguém a lugar algum. O técnico Diego Guimarães logo viu talento nela e fez força para que ela continuasse a lutar. Os resultados não demoraram a aparecer, dando certeza à atleta de que aquele era o caminho a seguir.

No começo de 2015, Iris participou de uma seletiva para integrar a Seleção Brasileira e venceu. Logo no primeiro Mundial, também no ano passado, conquistou o bronze na Rússia. Depois, repetiu a dose no Pan-Americano de Toronto. A vaga olímpica, a primeira do Brasil no Rio de Janeiro, aconteceu em dezembro ao terminar em quinto lugar no Grand Prix Final, no México, fechando o ranking com a sexta colocação na categoria até 49kg.

A ansiedade para lutar é grande, sobretudo pelo fato de que o taekwondo será um dos últimos esportes a estrear no Rio, somente no dia 17 de agosto.

- Até os Jogos, é muita alimentação especial para não aumentar o peso. Vou manter os treinos três vezes por dia. Faço musculação, preparação física, treino tático e técnico. Minha primeira luta será contra uma atleta da Nova Zelândia e o principal desafio será vencer a chinesa, considerada a favorita ao ouro – afirmou Iris.

Quando se pensa em taekwondo feminino nos Jogos Olímpicos, logo o nome de Natália Falavigna vem à cabeça. Em 2008, ela conquistou o bronze na Olimpíada de Pequim. Iris espera ser lembrada pelo mesmo motivo.

- Quando a Natália ganhou medalha, eu era novata. Ela não foi referência para mim, mas um exemplo de atleta. Treinei com ela e procurei seguir os exemplos dela – disse Iris, que completará 26 anos no dia do encerramento dos Jogos, em 21 de agosto.

Se a medalha não vier desta vez, Iris continuará dando aulas no projeto que mantém com o professor e a Prefeitura de Itaboraí, o que por si só já é uma grande conquista:

- Dar aulas desestressa. O esporte transforma vidas. Lá, formamos campeões dentro e fora do tatame. São cerca de 80 crianças e nós fazemos diferença na vida deles, criando cidadãos de bem.

Além de Iris, o Brasil será representado nos Jogos no Rio por Venilton Teixeira, Julia Vasconcelos e Maicon Siqueira, todos eles estreantes em Olimpíadas.

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