ANÁLISE: Flamengo conquista três pontos, mas oscilação na etapa final traz lições para sequência do ano
Rubro-Negro abre vantagem no primeiro tempo, mas sofre pressão, mesmo com dois jogadores a mais, depois de cinco substituições no intervalo por problemas físicos
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Na vida, é possível tirar lições não só das derrotas, como também das vitórias. No futebol não é diferente, visto existe uma temporada em andamento e erros precisam ser corrigidos. O Flamengo triunfou, na Fonte Nova, e entrou no G4 de forma provisória. Contudo, voltou a oscilar dentro de uma mesma partida e fez um segundo tempo abaixo do esperado.
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Na primeira etapa, parecia que o Rubro-Negro passearia em campo e aplicaria uma vitória tranquila. Cebolinha e Arrascaeta tiveram espaço para flutuar em seus setores e municiar o sistema ofensivo. Tanto que o uruguaio bateu uma falta na cabeça de David Luiz, mas a bola sobrou para Matheus França abrir o placar em Salvador.
Poucos minutos depois, o camisa 14 voltou a decidir e foi derrubado por Vitor Hugo na área. Gabigol cobrou e mostrou a eficiência no fundamento que lhe é peculiar. Com uma vantagem de dois gols em meia hora, o Flamengo teria a chance de rodar o elenco, controlar o adversário e até ampliar o marcador.
Mas a defesa voltou a apresentar as falhas recorrentes desde o início da temporada. Cauly e Thaciano iniciaram uma triangulação, com toques curtos, e acharam Biel entre os zagueiros rubro-negros. O jogador só teve o trabalho de finalizar, sem chance para Matheus Cunha. Vacilos que precisam ser corrigidos para o duelo contra o Fluminense, na terça, pelas oitavas da Copa do Brasil, no Maracanã.
Na volta do intervalo, um fator curioso chamou a atenção da torcida. Sampaoli fez algo incomum no futebol brasileiro ao efetuar as cinco substituições de uma vez só. Com um segundo tempo inteiro pela frente, uma atitude como essa poderia ser um "tiro no pé", pois caso perdesse algum atleta por circunstâncias do jogo, não teria mais o recurso da substituição em mãos.
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Ao fim da partida, tudo foi explicado. O treinador disse que as cinco alterações foram por causa de lesões. Algo que se confirmou poucos minutos depois com a nota do clube. Algo que reflete em mais problemas físicos e uma "dor de cabeça" diante de um jogo eliminatório pela frente, ainda mais contra um rival. Mesmo não tendo o teor de "dar o troco", segundo palavras de Marcos Braz, o Flamengo foi derrotado pelo Fluminense na final do Carioca, o que esquenta ainda mais o clássico.
A atuação no segundo tempo traz lições para toda a equipe no restante da temporada. Mesmo mexida, voltou a falhar e ver o Bahia diminuir a vantagem em cinco minutos. Com 30 minutos, o Tricolor tomou um balde de água fria, mas não se entregou e foi corajoso ao se lançar para o ataque empurrado pela torcida. Foram duas expulsões seguidas de seus zagueiros, o que acarretou na revolta dos atletas.
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Mesmo com dois jogadores a mais, o time da Gávea tomou pressão e viu os contra-ataques do Tricolor serem perigosos. Em momento algum, a equipe carioca mostrou aquela eficiência do primeiro tempo para ser letal e sacramentar a vitória. Era preciso dar o golpe fatal para acabar com o jogo e não flertar com o tropeço. Ser pressionado por um adversário com nove atletas em campo é sinal de que o Rubro-Negro precisa evoluir para sonhar com títulos.
Diante desse cenário, Sampaoli terá a tarefa de montar o quebra-cabeça para terça-feira. Saber a situação clínica dos cinco atletas substituídos e ver se poderá contar com os retornos de Gerson e Pedro. Mais do que isso, ter um time equilibrado e atento nos 90 minutos contra um adversário que sido mais eficiente em seu estilo de jogo.
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