Carrasco do Palmeiras em 2002 torce por ‘um novo Asa de Arapiraca’
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Um feito histórico. Com folha salarial de cerca de R$ 35 mil reais, o modesto ASA de Arapiraca-AL foi o único clube na história da Copa do Brasil que eliminou o Palmeiras na primeira fase, após vencer por 1 a 0 em Alagoas e perder por 2 a 1, no Palestra Itália, em São Paulo.
Pelo ineditismo, é normal pensar que os jogadores daquele time, que ajudaram a fazer de 2002 o pior ano da história palmeirense (já que o
clube seria também rebaixado para a Série B do Brasileirão), queiram ser os únicos lembrados por tal façanha. Mas não é bem assim...
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Autor dos dois gols que vazaram o goleiro Marcos, o atacante Sandro Goiano garante que, na noite desta quarta-feira, torcerá para que o Comercial-PI elimine o Verdão da competição.
– Vou torcer para que eles vençam. Torço sempre para o time de menos estrutura, porque sei que é mais sofrido. Sei como são as coisas. Um
feito desse é muito bom para quem não é conhecido. As portas se abrem – afirmou, ao LANCENET!.
Aos 31 anos, Goiano joga atualmente pelo Aparecidense-GO. Depois dos gols pelo ASA, foi contratado pelo Fortaleza, sendo vice-campeão da
Série B de 2002. E aí, rodou o mundo. Literalmente. Passou pelo futebol russo, atuou por dois anos pelo Primeiro de Maio, de Portugal, e ainda jogou no Irã.
– Foi bom financeiramente, mas o futebol lá ainda engatinha...
Pingou também por vários clubes de Goiás e do interior de São Paulo. E, mesmo após tudo isso, os jogos contra a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo ainda são apontados como o ápice da carreira:
– Era para termos vencido por mais gols no primeiro jogo, mas o Marcos fez duas ótimas defesas em cabeçadas minhas. Na terceira, em jogada ensaiada, consegui marcar o 1 a 0. Na volta, em São Paulo, sabíamos que seria difícil, mas fomos para cima e tiramos o Palmeiras.
A eliminação para o rival desconhecido é, até hoje, uma marca negativa na história palmeirense. A própria sequência do torneio mostrou quão improvável foi o resultado, já que o ASA foi eliminado na fase seguinte para o Confiança-SE, outro time sem muita expressão.
– Creio que fomos uma zebra. É difícil de acontecer, muito raro.
Raro, mas não impossível. Nove anos depois do tropeço, a memória serve de aprendizado ao Verdão.
Bate-Bola com Sandro Goiano
LANCENET!: A vitória do ASA ficou marcada na sua carreira?
SANDRO: Sim, um time pequeno tirar o Palmeiras, com a grandeza que tem, é muito difícil de acontecer. Conseguimos com muito trabalho.
LANCENET!: Acredita que o Comercial-PI consiga também?
SANDRO: É difícil, porque lá o Palmeiras conseguiu a vitória. Se tivessem perdido, seria equilibrado. Nessas condições, acho muito difícil.
LANCENET!: Foi bom ser o carrasco?
SANDRO: Foi bom, é uma coisa positiva na minha carreira. Nunca mais voltei lá, mas sei que a entramos para a história da cidade.
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