Juninho tem nova técnica para as cobranças de falta

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Juninho Pernambucano tem como principal arma a bola parada. Quem não lembra daquela cobrança monumental, contra o River Plate, pela Libertadores de 1998? Por onde passou, deixou sua marca com belos gols de falta. Mas, aos 36 anos, ele não se dá por satisfeito e tem aperfeiçoado um novo tipo de cobrança para seu retorno ao Vasco.
Acostumado a fazer gols de falta posicionado à esquerda ou mais centralizado, o jogador vem treinando batidas pelo seu lado direito, um pouco mais distante do gol. Mas, em vez de soltar a bomba, ele apenas coloca a bola, com um chute seco, no ângulo. Desta forma, o time ganharia mais um opção para as bolas paradas. E os goleiros rivais, um motivo a mais para se preocuparem.
INFO: Veja a nova técnica de Juninho nas cobranças de falta
Jorge Luiz, um dos auxiliares técnicos do Vasco, tem acompanhado de perto aos treinamentos do Reizinho em São Januário. Especialista em cobranças de falta nos tempos de jogador, ele destaca que a forma de bater na bola ajuda Juninho a se adaptar com facilidade a novos tipos de cobrança.
– Juninho dá aquele chute seco, que a bola cai com velocidade. Isso ajuda também. O cara que tem o dom, pode treinar um novo tipo de batida que vai executar bem. Eu falo isso para o Bernardo, para o Fellipe Bastos, que costumam treinar faltas. Mas o Juninho é fora de série. Está sempre aperfeiçoando algo – afirmou Jorge Luiz.
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Desde os tempos de Al-Gharafa (QAT) que Juninho vem aperfeiçoando sua nova arma. Falta colocar em prática. Algo que poderá ser visto de camarote pelos vascaínos. Afinal, como no treino desta terça-feira, o jogador mostrou que a pontaria está afiada, seja em cobranças pela direita, pelo meio ou pela esquerda. Mas essa pode não ser a única arma secreta de Juninho neste seu retorno ao Cruz-Maltino.
– Ele já falou que tem surpresa por aí. Vindo dele... – disse Jorge Luiz, sem entrar em detalhes.
MOURA FOI O ESPELHO PARA JUNINHO
Se hoje Juninho Pernambucano serve como espelho para os jogadores que querem aperfeiçoar as cobranças de falta, houve um tempo em que o Reizinho também procurou conselhos. E foi Moura, ex-atacante do Sport, quem o auxiliou.
Em 1991, Moura era um dos principais jogadores do Sport, responsável por todas as bolas paradas do time. Naquela época, Juninho despontava nos juniores e, após os treinamentos do profissional, juntava-se ao atacante para bater faltas.
– O Juninho já batia como hoje, com o peito do pé, seco, assim como eu. Mas ficava de lado. Foi comigo que ele aprendeu a se posicionar mais na reta da bola. Ele até disse em uma entrevista, na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, que se espelhou em mim. Me deu muita alegria – lembrou.
Passado o ano de 1991, Juninho começou a ganhar oportunidades no time principal nas temporada seguintes. Mas, no início, Moura não largava o osso quando tinha alguma falta perto da área:
– Eu falava: sai para lá, juvenil. Ele tinha que esperar a vez dele.
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