Gualicho e Helíaco, craques imortais
Cavalos serão lembrados em provas clássicas na programação carioca
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O turfe da Gávea, em quase um século de existência, revelou inúmeros cavalos extraordinários nas pistas, com poderio locomotor fora da série. Poucos, porém, tiveram a expressão de Gualicho e Helíaco, duas verdadeiras lendas dos anos 40 e 50, respectivamente, e que ainda hoje são homenageados pelo Jockey Club.
Gualicho, que batiza a principal prova de domingo, na Gávea, também tem uma campanha extraordinária. O argentino, treinado por Manoel Branco e conduzido por Olavo Rosa, foi o único cavalo da história a vencer os GPs São Paulo e Brasil por dois anos consecutivos, em 1952 e 1953, e assinalar o recorde dos 3.000 metros nos dois hipódromos, numa época de ouro, repleta de cavalos e profissionais extraordinários.
Gualicho travou disputas inesquecíveis com o francês Fort Napoléon, El Aragonés e o tríplice-coroado carioca Quiproquó, entre outros.
Na segunda-feira é a vez da disputa da Prova Especial Helíaco, cavalo que nasceu em 1943 nos campos do Haras São José e venceu boa parte das provas mais importantes do calendário nacional: GP Derby Paulista (46), GP Ipiranga (46), GP Cruzeiro do Sul (47), GP 16 de Julho (47) e o bicampeonato no GP Brasil (47 e 48).
Treinado por Ernani de Freitas, famoso seu Nhonhô, e conduzido pelo chileno Oswaldo Ulloa, o craque do Stud Linneo de Paula Machado se despediu das pistas em 49, com 16 vitórias. Helíaco e Garbosa Brueller, com Ulloa e Rigoni, escreveram um dos capítulos mais especiais na história do turfe, com belíssimas disputas.
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