Ao L!, jornalista alemão fala sobre goleada da Espanha e cita 7 a 1: ‘Löw teve seu momento Belo Horizonte’
Kai Schiller, do jornal "Hamburger Abendblatt", contou bastidores da goleada espanhola sobre a Alemanha e reação de imprensa e torcedores com o resultado negativo
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A goleada da Espanha sobre a Alemanha por 6 a 0 pela Liga das Nações segue rendendo assunto. E como não poderia ser diferente, o tema tomou conta no país germânico na quarta-feira, incluindo o futuro do técnico Joachim Löw. O comandante chegou a ter o cargo ameaçado, mas foi mantido pela direção da Die Mannschaft.
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Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o jornalista alemão Kai Schiller, do jornal "Hamburger Abendblatt", contou sobre como o país reagiu ao placar elástico, incluindo sensações dos torcedores e da imprensa. Segundo o repórter, a derrota foi um "grande choque".
- Foi um grande choque. Ninguém esperava isso por duas razões: a Espanha não vinha em boa forma e, por isto, todos acreditavam que era um bom momento para enfrentá-los; e a Alemanha, ao contrário da Espanha, estava em um bom momento. Por estes motivos, todos esperavam um bom jogo da Alemanha e por isso o choque foi maior. É uma derrota histórica. Um dos jornais locais disse que Joachim Löw teve o seu momento "Belo Horizonte" - disse Kai, mostrando que a imprensa alemã retratou a derrota como o 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014.
A seleção alemã já vem sendo criticada há algum tempo pelo futebol que tem apresentado. Após encantar o mundo com a bela conquista do Mundial disputado no Brasil, os germânicos foram eliminados na fase de grupos na Copa da Rússia e não estão empolgando. O jornalista afirmou que este tema é difícil de encontrar respostas em todo o país.
- Esta é uma boa pergunta e eu não tenho uma boa resposta. É claro que a Alemanha, há muito tempo, tem problemas na defesa. Mas nunca teve problemas no ataque e no meio-campo. Tem jogadores muito bons nos dois setores, mas na terça-feira não parecia uma equipe em campo. Não tem uma resposta para isso.
VEJA OUTROS TRECHOS DA CONVERSA
Ausência de nomes de peso na seleção: "A ausência de Müller, Hummels e Boateng é um grande tema discutido. Joachim Löw decidiu deixar estes três de fora há dois anos e desde então sempre é um tema que gera assunto. Mas provavelmente, e eu tenho certeza absoluta, Joachim Löw não vai mudar sua opinião. Ele não vai chamá-los de novo. Boateng não é tão importante, mas Hummels seria um bom reforço para a Alemanha. A grande maioria dos torcedores e da imprensa acha que Hummels é o melhor zagueiro do país e que seria importante tê-lo de novo. Em relação a Müller, acho que nem tanto."
Situação de Joachim Löw: "A direção decidiu que ele vai continuar. Para mim não é uma grande surpresa. As opiniões são muito divididas. Metade acredita que seria melhor com outro treinador e a outra metade acredita que não há muito tempo até a Eurocopa no próximo ano. Eu, particularmente, acredito que o melhor é Löw ficar pelo menos até a Eurocopa e a maior razão para isso é que não há uma alternativa para seu lugar."
Escolha por Hansi Flick em caso de demissão: "Hansi Flick seria uma excelente alternativa, mas ele não está no mercado. E o Bayern de Munique nunca vai liberar seu treinador para a seleção alemã. Nunca. Flick conhece muito bem a seleção, já foi auxiliar de Löw por muitos anos e seria a melhor solução para depois da Eurocopa. Mas, infelizmente para a seleção, acho que o Bayern não vai deixar."
*Estagiário, sob supervisão de Cayo Pereira.
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