Entenda a cautela do São Paulo para tentar tirar Walter do Corinthians
Questão financeira e a rivalidade são apenas alguns dos fatores que envolvem a negociação com o goleiro que hoje é reserva de Cássio, mas agrada Dorival Júnior
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Já não é novidade o interesse do São Paulo no goleiro Walter, hoje reserva de Cássio no Corinthians. Mas a negativa oficial de todos os lados da negociação vai além do simples fato de não prejudicar as conversas ou evitar encarecer demais a transação. Sobra cautela no Tricolor para concretizar a contratação, considerada bastante complicada.
O LANCE! explica os motivos do tamanho cuidado por parte do São Paulo para não prejudicar a si próprio nessa busca por um novo goleiro, já que Denis não deve ficar e as negociações para renovar com Renan Ribeiro, que tem contrato até maio, esfriaram.
Walter
É a parte mais exposta da negociação. Tem contrato até dezembro de 2019, com aumento progressivo dos salários. Recebeu uma proposta do São Paulo para ganhar já em 2018 o que vai receber no Corinthians em 2019, mas o Timão se recusou a liberá-lo de graça e prometeu uma valorização.
O problema é que a diretoria alvinegra ainda não se movimentou como Walter desejava para lhe oferecer um contrato melhor. Em meio a isso, as informações no São Paulo são de que os recentes rumores de acerto salarial dele com o Tricolor fizeram o goleiro ser pressionado por dirigentes corintianos - resta ao jogador negar o que tem se falado sobre ele nos últimos dias.
Mas Walter fará 30 anos de idade no próximo mês, e é fato que gostaria de ser valorizado, inclusive recebendo mais oportunidades de entrar em campo. Seus representantes têm gostado do projeto apresentado pelo Tricolor, o que o fez abrir os olhos para uma saída.
Goleiros no São Paulo
Não é apenas por uma questão de postura em negociação que o Tricolor nega publicamente qualquer interesse em Walter. Embora o nome tenha o aval da comissão técnica de Dorival Júnior, há o temor de a negociação interferir diretamente no rendimento dos atuais goleiros do São Paulo, em plena luta do clube para afastar de vez qualquer risco de rebaixamento no Brasileiro.
Renan Ribeiro, por exemplo, era o titular quando o nome de Walter surgiu pela primeira vez no São Paulo, em julho, e a sensação de dirigentes foi de que ele não gostou de saber que buscavam outro nome. O seu caso ainda piorou com o congelamento das conversas para renovar seu contrato, que acaba em maio.
Em relação a Sidão, atual titular e dono de recente atuação decisiva contra o Sport para tirar o clube da zona de rebaixamento, há uma segurança maior sobre como ele lidaria com a busca por Walter. Ainda assim, o assunto segue tratado com rigoroso controle das informações para não causar qualquer prejuízo dentro de campo.
Empresário
Um dos representantes de Walter, Fernando Garcia já foi conselheiro do Corinthians e vem realizando negociações frequentemente com o São Paulo, como a chegada de Petros. Mas, por dois ângulos distintos, ele mesmo tem negado publicamente qualquer conversa entre o goleiro e o Tricolor.
Uma das razões é a constante crítica que o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, tem ouvido por conta da aproximação com Fernando Garcia. Conselheiros não cansam de levantar suspeitas a respeito da relação entre Leco e o empresário.
Pelo lado corintiano, são frequentes os rumores de que Fernando Garcia força a saída de Walter porque ganharia um percentual da negociação. Isso, segundo comenta-se no São Paulo, estaria trazendo desconforto ao próprio goleiro dentro do Corinthians.
Financeiro
O São Paulo, por enquanto, não vê Walter como única opção para reforçar o seu gol em 2018. Mas, de qualquer forma, teme que, irritando o Corinthians na negociação, pode encarecer a transferência, aumentando a pressão sobre si e sobre o próprio Walter, um goleiro que já chegaria sob desconfiança da torcida por vir de um rival, e que ainda poderia ser contestado pelo que se gastou nele.
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