No início da tarde deste sábado, estive em São Januário como faço rotineiramente desde janeiro de 2016 como setorista do Vasco neste LANCE!. Mas não era para cobrir um treino, um jogo, ou qualquer outro papel como jornalista que sou. Após convite da diretoria cruz-maltina e da Diadora – os quais agradeço publicamente – vivi pela primeira vez o outro lado: entrei em campo e joguei pela primeira vez em São Januário, histórico estádio. Uma emoção inesquecível.
O evento fez parte de uma ação dentre muitas que vêm ocorrendo na comemoração dos 120 anos do Vasco, que serão completados ainda neste mês. Vale destacar que não ocorreu apenas a partida entre os jornalistas que cobrem o Vasco, torcedores tiveram a chance também de participar. Uma atitude louvável do presidente Alexandre Campello, abrindo o Vasco para a imprensa e torcida de uma forma que não era vista há muito tempo.
O protocolo seguido foi o mesmo de um jogo oficial – apesar de as partidas terem tido duração de dois tempos de 15 minutos. Preleção, aquecimento, ídolos do Vasco incentivando fora das quatro linhas, escalação lida pelo locutor do estádio, nome no placar, foto oficial, VT completo do jogo... Mesmo nunca tendo jogado de goleiro e fora dos gramados há mais de dez anos, encarei o desafio e fui agarrar. Vesti a camisa 1 do time preto. Meu time foi derrotado pelo branco por 8 a 0, mas o placar não importa, é o de menos no caso.
O que importou mesmo foi a festa. Nunca foi me esquecer desse dia. Viver o outro lado – o dos jogadores – é difícil, sim. Para um homem de 1,70m encarar uma trave gigante foi um baque. A imaginação voou neste momento. Mesmo sem qualidade técnica alguma, a sensação é de ter entrado em outro mundo. Os incentivos das arquibancadas fazem diferença sim – cerca de dois mil torcedores foram presenciar o evento e estando no gramado, os gritos fazem você querer melhorar e dar alegrias.
Valeu, Vasco. Estou escrevendo este texto duas horas depois de ter acabado o jogo e até agora a ficha não caiu. Um estádio centenário, de tantas histórias lindas que apenas alegram a história do clube e de seus torcedores. Foi uma honra a participação. Como jornalista e agora também jogador (risos), vou contar por toda a minha vida que um dia eu joguei na Colina Histórica. O Gigante acordou nestes 120 anos e continuando assim, ninguém o parará.