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Adriano Mendes deve deixar o Vasco; VP de finanças entrega cargo

Vice que detém o controle financeiro do clube vem tendo divergências severas com Alexandre Campello, o presidente do Cruz-Maltino

Coletiva de hoje. João Marcos Amorim, Campello e Adriano Mandes
imagem cameraJoão Marcos Amorim, Campello e Adriano Mendes em coletiva (Foto: Reprodução/Twitter)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/01/2020
13:09
Atualizado em 10/01/2020
16:22

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A diretoria do Vasco deve sofrer uma baixa das mais importantes. O vice-presidente de controladoria, Adriano Mendes, está perto de deixar o cargo por divergências importantes com o presidente do clube, Alexandre Campello. O dirigente é considerado uma espécie de CEO, dos mais respeitados internamente, e figura central no plano de austeridade financeira que vem reduzindo as dívidas do clube.

Adriano considera que o plano de gestão deixou de ser seguido por Campello, que estaria tomando atitudes, nos últimos tempos, que direcionavam maior investimento para departamento de futebol, mas que poderiam onerar outros setores do clube. Por consequência, o cinto que vem controlando os gastos seria afrouxado.

Alguns episódios marcaram o desgaste na relação do mandatário com o vice-presidente, considerado por muitos como mais importante, na prática, que o próprio Campello na condução dos rumos do Vasco. Um foi a inadimplência do clube no Profut, que pegou Adriano de surpresa. Depois, a decisão de gastar com contratações no segundo semestre do ano passado: Richard, Guarín, Valdívia, Marquinho e Clayton teriam aumentado a folha salarial em cerca de R$ 1 milhão por mês. O presidente viu necessidade; o principal vice, não.

Ao final da temporada, a renovação de Vanderlei Luxemburgo virou prioridade e rendeu semanas de negociação. O treinador recebia pouco mais de R$ 200 mil mensais, pedia aumento salarial e a contratação de três jogadores de nível de vencimentos que ninguém do atual elenco tem. O próprio Luxa chegou a dar declarações sobre a necessidade de ter "contratações de risco", o que ele entendia por atletas de retorno técnico garantido, embora caros. Neste caso, não houve acordo com o veterano, que deixou o clube. Vitória de Adriano. Mas Campello acertou horas depois com Abel Braga, que passou a receber o dobro do teto estabelecido pelo então vice-presidente de controladoria para o treinador do time em 2020.

Mais recentemente, o acerto com Germán Cano. A negociação pelo centroavante argentino, como ocorre em diversas no mercado do futebol, resultou na necessidade de pagamento de volumosas "luvas". Campello pretendia sacar o montante na tesouraria do clube, mas pessoas ligadas a Adriano teriam impedido a atitude porque a quantia estaria reservada para a quitação de contas do dia a dia da instituição. Para Adriano, foi a gota d'água. Para o presidente, a saída encontrada foi buscar a parceria da Havan, patrocinadora recente do clube. Pedido aceito, Cano contratado.

Adriano aguarda a concretização de empréstimo junto ao Banco BMG, outro patrocinador do clube, para de fato sair. O montante tem como objetivo o pagamento dos salários atrasados de jogadores e funcionários do clube.

VP de finanças sai

Quem já entregou o cargo foi o vice-presidente de finanças, João Marcos Amorim, que protocolou pedido de exoneração. Esta informação foi dada inicialmente pelo canal "Atenção, Vascaínos" e confirmada pelo LANCE!. Ele é parte do grupo "Cruzada Vascaína". Apesar do movimento, a Cruzada garante que segue apoiando a gestão de Alexandre Campello.

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