Ao LANCE!, Zé Ricardo exalta forma física de Nene e explica a lógica sobre Cangá no Vasco: ‘Temos um plano’
Meia-atacante, mesmo aos 40 anos, mostra capacidade e disposição que fazem da referência técnica do time também um exemplo de cuidado. Zagueiro deverá jogar mais
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Quando Zé Ricardo assumiu o time do Vasco pela primeira vez, Nene era importante. Três anos e meio depois, o técnico volta e o meia-atacante, com quatro décadas na pele, é o principal jogador em campo. O treinador recebeu o LANCE! na última sexta-feira para uma entrevista franca no CT Moacyr Barbosa. Nesta quinta e penúltima parte, ele fala sobre a importância e a impressionante forma física do camisa 10, além de explicar a utilização de Luis Cangá, zagueiro de contrato somente até o final do Campeonato Carioca.
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- O Nene vocês acompanham e espero que possam acompanhar mais através dos treinos. Ele realmente quer jogar o tempo todo e treinar o tempo todo. Ele se apresentou quase dez dias depois e disse que nos dois primeiros jogos sentiu o peso (do desgaste físico). Mas ontem (última quarta-feira), chegou aqui para fazer o regenerativo e parecia um menino. Ele quer saber se vai jogar no domingo (contra o Madureira, quando foi poupado) - valorizou o treinador, adicionando:
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- É privilegiado geneticamente, se cuida, não teve nenhuma lesão grave na carreira e faz com que ele esteja nessas condições e que seja um cara que dê certo. Para o futebol brasileiro é importante que ele se perpetue, e para o Vasco é melhor ainda que ele consiga cumprir a sua promessa (de jogar mais alguns anos e se aposentar pelo clube) - destacou.
Por sua vez, Luis Cangá é 14 anos mais novo que o meia veterano e chegou há cerca de dois meses. E como tem contrato curtíssimo, a cada jogo fica a expectativa para saber se ele vai entrar em campo. Na última sexta-feira, Zé Ricardo indicou, mas não chegou a cravar que o equatoriano estrearia diante do Madureira - o que se confirmou. Explica o processo em torno da avaliação do zagueiro.
- O Luis é um jogador de uma concepção bem diferente. Vou fazer uma comparação física com o Nene. Já estava há um tempo sem jogar (dois meses), teve covid (Assim como Nene), e tem a adaptação a um novo país e a um modelo um pouco diferente do que ele vinha jogando. São características diferentes e temos que tratar individualmente. Sabemos da questão contratual dele até o final do Carioca, mas isso não pode sobrepor as necessidades e objetivos do Vasco. Nem dele, nem de ninguém - ressaltou o treinador.
-> Confira a tabela do Campeonato Carioca
Além dos juniores Zé Vitor e Eric Pimentel, que vêm completando o elenco principal, os outros dois jogadores da posição compuseram, com Cangá, a defesa do Vasco no último jogo. Mas já vinham formando a dupla de zaga titular o experiente Anderson Conceição e Ulisses, de 22 anos, que têm recebido chances de Zé Ricardo também porque o reforço estrangeiro contraiu o novo coronavírus quando ainda não estava no Brasil. Fez quarentena na terra natal antes de voar para o Rio de Janeiro.
- Como ele (Cangá) acabou se apresentando um pouco mais tarde, tem o Ulisses também, que fez toda a pré-temporada. Jogador que está há três anos no profissional querendo e respirando uma oportunidade. A gente viu que, dentro do treinamento, ele estava respondendo. A comissão entendeu que era uma sequência lógica. O Luis tem treinado muito bem. Está muito próxima a oportunidade pra ele - disfarçou o treinador, antes do primeiro jogo do defensor citado. E acrescentou:
- Até porque nós só temos três zagueiros e sabemos que, caso não consigamos ter outros zagueiros até as fases finais do Carioca e (o início da) Copa do Brasil, nós vamos precisar rodar esses três zagueiros. Os dois meninos que subiram agora, Zé Vitor e Pimentel - que inclusive estão muito bem, os dois -, chegaram muito bem da Copa São Paulo. Se a gente não rodar esses três, pode ficar caro lá na frente - alertou, indicando mais oportunidades para Cangá.
Zé Ricardo se equilibra entre a necessidade de fazer evoluir um time que precisa voltar à elite nacional e a não menos importante missão de fazer do Campeonato Carioca um laboratório. Por isso será natural observar mais testes ao longo da primeira competição do Vasco no ano.
- Então é do planejamento da comissão técnica. Nós temos um plano que iremos seguir de observar todos esses jogadores para que possamos colher a maior parte dos dados. Não só o Luís como o Getúlio, que começou a entrar um pouco mais; o Isaque, que entrou também... são jogadores que precisamos colocar. O próprio Vitinho, que fez uma pré-temporada mais efetiva jogando, acabou se machucando e deve voltar em breve. São jogadores que precisamos colocar em jogo para observar. E a ideia é que todos eles estejam estreados e debutados pelo Vasco - garantiu.
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