Apesar dos desfalques, Vasco conquista três pontos importantes, se aproxima do G4, mas não convence
Cruz-Maltino tem a terceira vitória seguida em casa, mas ainda não teve uma atuação convincente nesta Série B. Cabo procura o equilíbrio para o time ser mais competitivo
Com uma campanha irregular, o Vasco necessitava da vitória contra o Confiança (SE). O três pontos vieram, porém o time ainda está longe de convencer e agradar a torcida. Cabo deu sequência ao modelo de jogo implantado desde a partida contra o CRB, mas o time sofreu mais do que deveria. Longe do ideal, o treinador ainda procura o equilíbrio e ser competitivo dentro e fora de casa.
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Após o fim da 9ª rodada, o Gigante da Colina voltou a se aproximar dos quatro primeiros. A diferença antes era de cinco pontos e agora caiu para três. No entanto, os três primeiros também venceram e o Brusque, quinto colocado, tem dois jogos a menos. Na sexta, o adversário será o embalado Sampaio Corrêa, invicto há cinco rodadas, e presente no G4.
Bom início e queda de ritmo
Para escalar a equipe, Cabo teve que apostar na volta de alguns jogadores e na presença de jovens promessas do clube entre os relacionados. Eram seis desfalques importantes (Bruno Gomes, Juninho, Jabá, Morato, Romulo e Galarza), e uma pressão enorme sobre o trabalho do treinador. O retorno de Gabriel Pec surtiu efeito, e o jogador iniciou a jogada do gol da vitória.
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Durante a partida, o Vasco começou bem, com bom volume de jogo, e intensidade com Pec e MT. Os dois foram responsáveis pelas melhores jogadas do time, e logo aos 13, o atacante roubou a bola e arrancou de trás. Com qualidade, tocou para Marquinhos Gabriel, que só rolou para MT marcar o seu primeiro gol como profissional e abrir o placar em São Januário.
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O camisa 32 demonstrou novamente ter credenciais para ser titular do Cruz-Maltino. Polivalente, ele pode atuar em mais de uma posição, e tem tido regularidade em suas atuações. Um exemplo disso é que no primeiro tempo atuou como meia, e após a saída de Michel no intervalo, jogou mais atrás ao lado de Andrey e também correspondeu.
O problema foi justamente depois de abrir o placar. O ritmo caiu, e a equipe deu espaço para o Confiança gostar do jogo e produzir mais na frente. O Dragão Sergipano teve condições de empatar, mas não aproveitou as chances. Apesar de ser uma forma diferente de jogar, mais reativo com menos posse de bola, a marcação vascaína não pode dar tanto espaço. A aproximação necessita ser mais coesa entre as linhas e o time ser mais letal nos contra-ataques.
Na etapa final, Cabo teve que apostar em jovens devido aos desfalques e à necessidade de velocidade. Figueiredo e Arthur Sales entraram e levaram algum perigo ao gol de Rafael Santos. O primeiro foi responsável por um bom passe, que deixou Cano na cara do gol. O argentino não costuma desperdiçar tais oportunidades, mas dessa vez não converteu.
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No fim, o Confiança até levou algum perigo, porém mais na base do abafa e de bola alçadas na área. Neto Berola era a válvula de escape dos sergipanos, mas o Vasco conseguiu coibir bem suas chegadas em velocidade. Para Cabo, a atuação foi aquém do esperado, mas ele relembrou que o Vasco teve um calendário apertado nas últimas semanas, com duas viagens.
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- Entendo que houve um fator preponderante para não haver a intensidade que eu queria, a marcação, as transições e organizações. Hoje jogamos o quarto jogo em nove dias com duas viagens. Perdi durante o jogo MT e Andrey fadigados. E a gente teve desfalques. Sabemos que estivemos aquém, mas o importante nisso tudo é a terceira vitória seguida em casa, chegamos à sexta colocação e encostamos no pelotão da frente do campeonato. Precisamos ser competitivos como fomos hoje, saímos sem sofrer gol, mas a gente poderia ter ampliado o placar - frisou o técnico.