Apesar da vitória, Vasco confirma rebaixamento, e precisa de uma reformulação certeira em seu elenco

Na despedida de Luxemburgo, equipe apresenta velhos problemas como a irregularidade dentro de uma mesma partida, dificuldade na criação e dependência de seu centroavante

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Diante de uma tarefa árdua, o Vasco não conseguiu alcançar o saldo de gols capaz de evitar o quarto rebaixamento de sua história. Apesar de ter voltado a vencer na despedida do Brasileirão e de Luxemburgo, o time apresentou falhas na criação, na organização do meio-campo e na dependência de seu centroavante. Erros semelhantes aos que lhe trouxeram até este momento decisivo com a iminente queda praticamente garantida.


Ao longo da temporada, a torcida vascaína sabia das dificuldades que o time iria enfrentar, e uma delas estava ligada diretamente ao desequilíbrio de seu elenco. Algo que ficou nítido nesta última partida e necessita ser corrigido para a temporada que se aproxima com o novo treinador a ser escolhido. Ainda mais com o rebaixamento e a queda brusca na receita para 2021, que irá obrigar a direção a ser ainda mais certeira na escolha do novo modelo de jogo.

Velhos problemas atormentam

Sem esperança e já entregue, o Vasco iniciou a partida necessitando dos 3 pontos para que seu pedido de anulação do jogo contra o Internacional tenha ainda mais fundamento. Ao terminar empatado em pontos com o Fortaleza, a esperança de que a decisão do STJD seja favorável torna-se a última tentativa de permanecer na elite do futebol brasileiro. 

Porém, ao analisar o que aconteceu dentro das quatro linhas, velhos problemas voltaram a atormentar a equipe. A dependência de seu centroavante é algo notório e com ele em campo, o time ao menos teve um pouco mais de qualidade. Quando a bola chega, Cano busca sempre a finalização, e foi assim que abriu placar aos 14, com frieza e tranquilidade.


Se na frente o time tem um verdadeiro 'homem gol', atrás falta qualidade e recurso técnico para fazer a bola chegar em condições. Na marcação, deslizes recorrentes reapareceram, como o espaço no lado esquerdo para o Goiás criar a jogada do empate. Fernandão aproveitou o rebote de Fernando Miguel e igualou o placar. O mesmo atacante cobrou uma falta de longe, aos 51, mas o arqueiro vascaíno aceitou e o Esmeraldino virou.

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Antes disso, Cano fez uma linda jogada, ao dar um chapéu no adversário e estufar a rede. O VAR confirmou o impedimento e o árbitro de campo anulou o gol. Na etapa final, Luxa voltou a colocar os garotos: Juninho, Pec, Tiago Reis, e o atacante Ygor Catatau. O time variou momentos em que conseguia ter lampejos, como nos bons passes de Andrey, e em outros de um jogo sem transição ofensiva e pobre tecnicamente.

Foi na bola parada, e na cabeça do melhor zagueiro do elenco, que o time reagiu e buscou os três pontos. Uma vitória que não traz nada de concreto, mas que evidencia a necessidade de mudanças claras. A definição de um estilo de jogo, a profissionalização do futebol, a responsabilidade financeira e fiscal e a vontade de recolocar o Gigante da Colina em seu devido lugar: como protagonista do futebol brasileiro e sul-americano. 

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