Vasco apresenta o projeto para ‘Novo São Januário’ por R$208 milhões
Diretoria busca recursos para promover uma modernização total no estádio cruz-maltino, que seria finalizada até 2027. Durante evento, resultados financeiros foram apresentados
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É um sonho antigo do torcedor. E o Vasco apresentou, na noite desta terça-feira, o projeto do "Novo Estádio de São Januário". O custo estimado é de R$208 milhões, e previsão de fim de obras para 2027. A apresentação do projeto foi feita durante o "1º encontro Vasco da Gama com investidores", no prédio da Bolsa de Valores do Rio, no centro da cidade.
A ideia promovida pelo presidente do clube, Alexandre Campello, e pelo vice-presidente de Obras, Pedro Seixas, é de uma espécie de um fundo imobiliário para a obtenção do montante. A diretoria deseja que até o primeiro semestre do ano que vem o fundo esteja estruturado. A venda dos novos camarotes também é um ativo inicial para o início das obras.
- Estamos trazendo São Januário para o Século XXI. Setores administrativos, comerciais e sede social nova - afirmou o vice-presidente de Obras de Engenharia e Patrimônio, Pedro de Seixas Correa, durante o evento.
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O projeto apresenta mudanças profundas na lógica do estádio inaugurado em 1927. Para começar, a capacidade praticamente dobraria: chegaria a 41.442 lugares, sendo dois setores populares, sem assentos: os Norte e Sul - este localizado na região atualmente sem arquibancadas. A capela de Nossa Senhora das Vitórias seria preservada.
Duas torres também estão previstas, e receberão departamentos administrativos e comerciais do clube, incluindo a loja oficial. Outra mudança drástica é a retirada dos muros do quarteirão que abriga o estádio. Há ainda a previsão de melhorias no entorno de São Januário e, via parceria com a Prefeitura do Rio, a presença do BRT (ônibus expresso).
- Tem uma vantagem para esse projeto: o custo é baixo. Se olhar, nos últimos anos, os projetos no Brasil como concessões de aeroporto e etc, tudo é muito caro. E aí tem os fracassos nas receitas que você não conta. O projeto já se viabiliza com a venda de camarotes, mas também tem a torre comercial, estacionamento e que valorizam - acrescentou Adriano Dias Mendes, vice-presidente de Controladoria do Vasco.
As mudanças seriam feitas por etapas, até para facilitar a obtenção de recursos. A tradicional fachada da parte social também tem previsão de modernização. Mas também há novidades previstas para o curto prazo. Paulo Seixas declarou que o gramado já vem sendo reparado; a iluminação será renovada antes do início do próximo Campeonato Brasileiro.
O Setor Sul, pelo projeto, terá arquibancada, mas a capela de Nossa Senhora das Vitórias será mantida. Tanto o Sul quanto o Norte seriam setores populares.
— Felippe Rocha (@28FelippeRocha) 18 de dezembro de 2018
Duas torres, Norte e Sul, paralelas, que passariam a receber os departamentos administrativos e burocráticos do clube. pic.twitter.com/1twfzcLJsP
Dívida menor
Durante o evento, voltado a eventuais investidores do clube, Alexandre Campello e Adriano Mendes exaltaram os feitos da atual gestão no relativo à austeridade. Projetaram a redução gradual do déficit do Vasco, que era de R$586 milhões ao fim de 2017 e teria sido reduzido em 70 milhões neste ano.
Os dirigentes entendem que diminuindo as despesas e racionalizando as dívidas, em 2022 o Vasco terá cerca de R$133 milhões de débitos a quitar. Os números apontam para anos de menor investimento até a virada, mais adiante.
- O Vasco está pronto para o crescimento - disse Mendes.
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