A cada jogo a importância e os feitos de Germán Cano no Vasco aumentam. Artilheiro do time 13 gols e 23 jogos na atual temporada, foi ele quem marcou os últimos dois gols do time - nos dois últimos jogos. Mas o impacto do argentino se dá também pela frequência com que ele joga. Mesmo aos 33 anos, a palavra "poupado" parece inexistir no universo do goleador.
Antes do jogo contra o Coritiba, na última terça-feira, alguns torcedores se atentaram a supostas queixas de dores do jogador nas partidas anteriores e sugeriram a preservação do jogador. Mas Cano viajou, começou jogando e abriu o placar. Letalidade e resistência admiradas até pelo técnico Marcelo Cabo.
- O Cano se cuida muito. É exemplar na alimentação, exemplar na dedicação, chega antes, está integrado ao departamento fisiológico e científico. Você vê a volúpia e entrega dele no jogo... ele está sendo monitorado pelo departamento. Quando os dados científicos indicarem, vamos preservar. Quando puder, sempre vamos contar - avaliou o treinador. E prosseguiu em elogios:
- É uma referência, líder em todas as ideias. Ele e o (Leandro) Castan, com Romulo, e Vanderlei. Não posso abrir mão do Cano, a não ser que o departamento médico diga que tem que preservar. Ele veste a camisa - destrinchou Marcelo Cabo, explicando, assim, que os riscos de lesão do camisa 14 são baixos.
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Os números da participação do proprietário do comando de ataque vascaíno são relevantes. O jogo em que ele foi substituído mais cedo nesta temporada foi contra o Goiás, há duas semanas. O Vasco tinha um jogador a menos e o argentino deixou o campo aos 31 minutos do segundo tempo.
Mas foram somente cinco as vezes em que o atacante deu lugar a outro jogador nos 23 jogos até aqui. A última vez que ele deixou de jogar foi há mais de dois meses, no primeiro jogo da semifinal da Taça Rio, contra o Madureira, quando praticamente o time todo foi poupado.
Antes disso, Cano - e praticamente toda a equipe - foi poupado do compromisso com o Bangu, também pelo Campeonato Estadual, no dia 3 de abril. Nesta temporada, ele estrou na quarta partida, contra a Caldense, em março, e depois disso foi ausência contra Botafogo e Macaé, no mesmo mês.
A última lesão do centroavante foi na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, contra o Goiás. Ele se recuperou, mas começou no banco contra a Caldense. Era um esforço para estar à disposição pela Copa do Brasil. São 21 jogos seguidos de Cano. O Super-Homem da Colina deverá entrar em campo também neste domingo, contra o Náutico.