Bruno Gomes, volante do Vasco, com exclusividade ao L!: ‘Tenho os pés no chão, mas sei do meu potencial’
Com 20 anos e 47 partidas como profissional, o meio-campista já viveu altos e baixos, comenta os dois golaços da carreira no time de cima e projeta o futuro
Aconteceu tanta coisa desde a estreia de Bruno Gomes como profissional que até parece mais tempo. Mas tem pouco mais de um ano e meio. Desde aquele setembro de 2019, o volante do Vasco organizou meio-campo, tomou bronca por levar muitos cartões, virou reserva, retomou a titularidade, foi expulso, ganhou e perdeu espaço... mas ainda tem apenas 20 anos. Perto dos 50 jogos, ele afirma, nesta entrevista exclusiva ao LANCE!, estar adaptado à categoria principal e projeta crescimentos dele próprio e do time.
Em quase dois anos de profissional, 47 jogos, em que você acredita ter melhorado mais?
A evolução precisa ser constante. Eu sempre tenho os pés no chão, mas sei do meu potencial, mas também tenho consciência que ainda preciso aperfeiçoar como um todo. Sou novo, então isso faz parte do processo de amadurecimento. Tive a sorte de trabalhar com grandes treinadores aqui no Vasco que me ajudaram bastante nessa consolidação. Com o Cabo agora não é diferente. E meu foco é sempre no coletivo, nunca no individual.
O gol de sábado, contra o Resende, ou aquele contra o Botafogo? Qual te marcou mais? E qual o mais bonito? Foram dois golaços...
Os dois têm um significado especial. O gol contra o Botafogo teve toda uma carga emocional. Eu tinha subido há pouco e, logo em um clássico, com São Januário lotado, conseguir marcar meu primeiro gol como profissional é muito marcante. Contra o Resende, o gol foi importante para dar ainda mais confiança para a sequência da temporada. Como sempre falo, eu ainda preciso evoluir bastante como atleta. Trabalho forte e as coisas vão acontecer naturalmente. Mas os dois foram momentos especiais.
Depois de tanta coisa nesse tempo, já se vê ambientado ao profissional?
Hoje, eu já me sinto completamente ambientado ao futebol profissional. No início, você percebe logo de cara a diferença entre uma partida da base e do profissional. Mas com a sequência, conselho e apoio dos jogadores mais experientes e da comissão técnica, você passa a entender e se sentir mais confortável dentro de todo o ambiente que cerca o futebol profissional. Até pela minha pouca idade, sei que estarei em processo de evolução permanente. Não posso me acomodar, mas, hoje, não tenho mais aquela ansiedade dos primeiros jogos no time principal.
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Como analisa a disputa na posição? O setor está concorrido, ainda mais agora com a chegada do Romulo.
Sempre falei que é uma disputa sadia, e todos saem ganhando. São atletas muito qualificados, parceiros, e que se ajudam seja nos treinos, nos jogos, estando em campo ou no banco. Eu procuro fazer meu trabalho da melhor maneira possível para estar preparado sempre que for solicitado. Claro que quero sempre estar jogando, com minutagem alta, mas isso depende exclusivamente da minha regularidade e do meu trabalho. Vejo o Vasco com um equilíbrio na função que exerço.
Você era muito novo, mas lembra do Romulo jogando no Vasco? Como tem sido a convivência com um companheiro de posição dez anos mais experiente? Já deu pra aprender alguma coisa neste tempinho dele com vocês?
Jogadores como o Romulo sempre agregam bastante aos mais jovens. Por ele ser da minha posição, é uma oportunidade de aprender também com um cara que foi, como eu, revelado pelo Vasco, tem hoje uma ampla bagagem e vai ajudar muito. Ele participou de um momento vitorioso recente do clube e, sem dúvida, será muito útil com sua liderança e capacidade nos desafios que teremos ao longo dessa temporada. Sem falar na qualidade dele.
Qual foi o grande momento e o momento mais delicado destes quase 50 jogos?
Acho muitos momentos importantes aqui no Vasco. Minha estreia como titular, contra o Corinthians, fora de casa. Meu primeiro gol como profissional, contra o Botafogo. Ano passado, a primeira oportunidade de viajar para um jogo internacional pelo elenco profissional do clube. E é claro que o rebaixamento no Brasileiro foi uma coisa que deixou todos tristes, mas é página virada. Meu foco, e de todos no Vasco, é garantir o acesso para a Série A e ajudar no processo de reconduzir o clube ao papel de protagonista em todas as competições de elite.