Carille não considera empate do Vasco como tropeço: ‘Muito dentro da competição’
Cruz-Maltino segue na segunda colocação do Grupo G da Sul-Americana

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O técnico Fábio Carille não classificou o empate do Vasco com o Lanús como um tropeço. Nas palavras do treinador, o clube ainda está "muito dentro da competição". Na Sul-Americana, apenas o primeiro colocado avança às oitavas de final, enquanto o segundo lugar do grupo disputa os playoffs.
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- Não podemos dizer que é um tropeço, porque estamos muito dentro da competição. Esses times vão na altitude ainda. A gente sabe que não é fácil. Só depende da gente. Pensar agora no Campeonato Brasileiro, depois do Copa do Brasil no meio de semana, jogo a jogo, mas a gente está muito vivo dentro da competição - considerou Carille. E analisou a partida:
- Penso que até a distribuição no campo estava em cima do que a gente imaginava no primeiro tempo. Como eu já disse, fecharam muito o nosso lado esquerdo, mas com isso a gente conseguiu chegar bastante pelo lado direito. E no segundo tempo, já falei sobre isso também, acho que faltou um pouquinho de paciência para que a gente circulasse, respirasse com a bola. Começamos a perder a bola muito rápido e o Lanús acabou ganhando, principalmente, o meio-campo na questão de aproximação e de toque. A gente tem que saber, tem que persistir, tem que ser chato durante o jogo na questão de querer buscar o resultado, mas tem que saber ao momento certo de fazer as coisas. Não adianta que a gente queira acelerar, começar a jogar a bola para frente, sabendo que o time do Lanús é um time que compete bastante, não ia ser diferente.
Ao analisar a partida, Carille afirmou que o Lanús teve mérito em neutralizar o Vasco. O técnico cruz-maltino também achou que faltou o time circular mais a bola e ser menos ansioso para furar o bloqueio argentino.
- Analisando o jogo rapidamente, vieram fechando muito o nosso lado esquerdo. Por isso criamos muito pelo lado direito no primeiro tempo. Chegamos com o PH para terminar as jogadas. É o nosso lado construtor (o esquerdo), o que aproxima. Quando o Coutinho encosta com Nuno e Piton. O bom é que buscamos alternativas pelo outro lado. Escapamos bem pelo lado direito. Temos que entender que há mérito do adversário de estudar e entender - analisou o técnico. E finalizou:
- Não me lembro de um jogo onde fomos linear. O tempo superior ou o tempo todo com a bola. Jogamos com adversários que tem a bola. Em relação ao primeiro tempo, que jogamos no campo ofensivo, com algumas finalizações, faltou isso no segundo tempo. Circular mais e buscar o lado oposto. Talvez um pouco de ficar nervoso, ser impaciente, não tomar as melhores decisões e incomodar pouco o adversário. Isso foi o que ficou mais na minha cabeça. Poderíamos ter paciência, fazer triangulação e entrar mais no campo ofensivo.

Confira mais respostas de Fábio Carille, técnico do Vasco:
VAIAS
- Sobre as vaias, aconteceu com a gente ganhando e não poderia imaginar com derrota ou empate em casa, se com vitórias aconteceu isso. (A saída) É repetição de trabalho. Não adianta reclamar do calendário, é isso que nós temos. Não conseguimos fazer nada do jogo do Flamengo para cá. Precisamos do entendimento dos atletas e da comissão para ter os resultados que o Vasco merece.
GARRÉ NÃO ENTRAR
- O Garré, antes de ser contratado, vimos vídeos dele. Ele é um meia que joga aberto. Ele é de construir. Parecido com o Adson. De construir e particular da movimentações por dentro. Mas não é um Coutinho, um Payet. O Nuno fez coisas boas de infiltração, de jogadas, então optei por fazer dois atacantes. Posso até ter ele por ali, se tiver tempo para trabalhar. Mas gosto dele construindo e dando passagem pelo lateral abrir, como o Gerson no Flamengo, o Veiga no Palmeiras. Vindo para dentro e deixando corredor para o lateral.
TRABALHO PARA NUNO E COUTINHO AGUENTAREM 90 MINUTOS
- Fisicamente não se consegue trabalhar nada. O cansaço de uma partida bate 48h depois. O de sábado bateu ontem. Hoje já temos que encher o tanque, tem outro jogo puxado. Vamos ter uma pausa. Quatro dias para o jogo contra o Cruzeiro. E depois três dias para o Operário. O descanso é maravilhoso para nós. Não tem o que treinar (nessa sequência), não tem parte física. É recuperar e jogar. De vez em quando pode tirar um ou outro. Nuno não tem histórico de lesão, já te dá uma sequência maior. É ver o dia a dia para saber da resposta deles.
ADSON
- Adson depende muito do que ele sente. É uma contusão que é muito chata. Paulinho (do Palmeiras) está passando por isso. Depende muito dele. Quando ele estiver sem dor, vai para campo e vai trabalhar. Ele tem que estar crescendo com relação a isso e é difícil de controlar. Não dá para dizer de minutagem. Ele vai estar à disposição quando fizer bastante treino. Não consigo te dizer. Vai muito dele. Está tendo reuniões sobre isso para a gente entender. Tem dia que tem muita dor, tem dia que tem dor nenhum e temos que ter paciência para ter ele 100%.
DAVID VOLTA QUANDO?
- David, se não me engano, pra junho começa a treinar com a gente. Penso que é para depois da parada do Mundial. Antes não vejo.
VARIAÇÕES TÁTICAS
- Hoje fizemos um jogo duro, que sabíamos que tinha que ser assim. Para mim, no segundo tempo aceleramos muito. Houve pouca troca de passes, pouca agressividade. Nos perdemos um pouco na etapa final. Quando coloquei o Adson, ele é mais atacante que o Nuno. Coutinho pediu para sair. Ele é mais atacante do que o Nuno. O Alex é um cara mais atacante também. Virou um 4-2-4.
DOMÍNIO NO JOGO
- Essa bola na trave é uma bola que foi aliviada fraca na área e no rebote o cara finaliza. Fomos superiores, sim, no primeiro tempo. No segundo tempo, não. Apesar de que o Léo (Jardim) não trabalhou, não fez defesas. Tivemos o controle da partida. Penso que a gente acelerou demais, muito passe para frente, para frente o tempo todo. Tínhamos que ter mais triangulação perto da área deles. Fomos para o abafa e isso não é muito nosso jogo. Temos que construir, incomodar e chegar na área do adversário.
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