As últimas declarações do ex-gerente de futebol do Vasco, Alexandre Pássaro, não caíram bem no Vasco. Nesta quarta-feira, um grupo de conselheiros protocolou na secretaria do clube um documento cobrando explicações da diretoria sobre as contas do Cruz-Maltino. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal "O Dia".
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As falas de Alexandre Pássaro, que citou um possível "esquema" envolvendo uma agência de viagens ligada a um conselheiro do clube, foram um estopim para a cobrança dos conselheiros. No documento, assinado por 13 membro do CD e direcionado ao presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Fonseca, com cópia para o presidente Jorge Salgado, ele reforçam um pedido de investigação que já havia sido feito em 2021 em um parecer do Conselho Fiscal sobre as contas de 2019.
Neste documento, o Conselho Fiscal apontou desvios de depósitos de FGTS, 63 processos trabalhistas não listados em certidões, ou seja, desconhecidos, totalizando R$ 119 milhões e a contratação de um profissional sem o correspondente exercício de atividade e rotina de trabalho. Os conselheiros querem que seja convocada uma reunião para votar as contas de 2019, as quais o Conselho Fiscal recomendou a reprovação.
Nas redes sociais, outros conselheiros também se manifestaram sobre as declarações de Alexandre Pássaro. Faues Cherene Jassus, mais conhecido como Mussa, ex-presidente da Assembleia Geral e figura conhecida da política cruz-maltina, cobrou o atual presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Fonseca.
- Pássaro fez denúncia gravíssima, põe injustamente todos os conselheiros e beneméritos em suspeita. O Pres. do CD tem obrigação de fazer uma convocação urgente, tirar essa história à limpo, descobrir nomes, abrir sindicância, responsabilizar, cobrar e expulsar todos os culpados - publicou Mussa no Twitter.
RELEMBRE O QUE PÁSSARO DISSE
Na última segunda-feira, em entrevista à "Jovem Pan Esportes", Alexandre Pássaro falou sobre uma cobrança que era feita ao Vasco por uma agência de viagens que seria ligada a um conselheiro do clube. O ex-dirigente, no entanto, não revelou o nome da pessoa ou da empresa.
- Na primeira viagem, pra Goiânia, ficou R$ 200 mil. Ia assinar a nota e tinha "+ 16%". Perguntei o que era. Era da agência de viagem. No São Paulo tinha um funcionário que fazia a logística. Até tinha uma agência, mas ela cobrava da companhia, não do clube. Falaram "Isso aqui já existe, é ligada a empresa do conselheiro". E o Vasco não tem dinheiro, não temos R$ 200 mil. A empresa bota na frente, a gente viaja e um dia a gente paga. Fecha o mês e paga. Estão nos emprestando dinheiro a 16% ao mês. No banco é no ano. Falei "avisa que foi a última". Eu sou assim - revelou Pássaro.