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Conselheiros pleiteiam na Justiça atas de reuniões do CD e versão final da proposta do estatuto no Vasco

De acordo com 'Esporte News Mundo', Carlos Fonseca, Bruno Iglesias e Maurício Corrêa solicitaram acesso a detalhes sobre decisão das eleições diretas. Roberto Monteiro rebate

São Januário
imagem cameraDefinição sobre o processo deve acontecer já na próxima semana (David Nascimento)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 04/07/2020
17:34

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A corrida eleitoral do Vasco já começou a render movimentações na Justiça. De acordo com informações divulgadas pelo site "Esporte News Mundo", os conselheiros Carlos Fonseca, Bruno Iglesias e Maurício Corrêa entraram neste fim de semana com uma ação que exige que o clube disponibilize as atas das sessões do Conselho Deliberativo dos dias 29 de janeiro, 4 e 11 de fevereiro e 2 de março deste ano. Além disto, o processo solicita a cópia dos arquivo de áudio e do livro de presença da reunião permanente entre estas datas e a versão final do texto da proposta de Estatuto Social que se pretende aprovar por meio da reforma que resultou a eleição direta.

O processo corre na 24ª Vara Cível do TJRJ, e uma definição do pedido da liminar da juíza Eunice Bittencourt Haddad tende a acontecer já no início da próxima semana. O trio afirma que tentou obter o acesso aos documentos por meio do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, mas o dirigente recusou.

"A discussão sobre a forma como a proposta de reforma iria ser votada, se em bloco ou por capítulos (em decisão de lideranças não prevista em norma alguma do Club ora Réu), deveria ser decidida já sob a exigência de quórum de deliberação de 2/3 dos presentes, com votação nominal e contagem formal, o que não aconteceu em momento algum e criou, por consequência, outro vício no procedimento, violando o previsto na parte final do já citado art. 82 do Estatuto Social vigente. Assim, todas as outras votações se deram dessa mesma maneira e encontram-se eivadas do mesmo vício formal!", diz um trecho da ação movida por Carlos Fonseca, Bruno Iglesias e Maurício Corrêa.

Ao site, o presidente do CD do Cruz-Maltino, Roberto Monteiro, afirmou.

- Esse senhores foram os mesmos que tentaram não dar o devido quórum na reunião que aprovou as eleições diretas. Tentaram também na justiça obter uma liminar e só assinaram a presença quando souberam que não tiveram êxito no intento no judiciário. Sempre foram contra as diretas. Tanto que essa reunião começou até mais tarde, pois ficavam impedindo de alguns beneméritos de assinarem o livro de presença. Quando viram que seria inevitável a reunião que aprovou as diretas, fizeram fila na mesa para assinarem e votarem para não ficar explícito a vontade de derrubar as diretas. Após não conseguirem a liminar, desistiram da continuidade da ação. Procuram mais uma vez a Justiça de forma enviesada, dando aspectos de ilegitimidade de um processo público que foi a reforma estatutária que a imprensa acompanhou e chegou a ser intimidada, o que diga-se teve minha reprimenda desses senhores - disse.

Monteiro rebateu as acusações de que não disponibilizou as atas.

- Ora, logo após a aprovação do estatuto entramos em quarentena. Com o retorno gradativo e na primeira reunião todos terão acesso à ata, como é sabido a ata é votada na reunião seguinte. O objetivo deles é apenas tumultuar. Na verdade cumprem, estes senhores, o serviço da atual gestão que sempre foi tardar o processo para que o mesmo não aconteça, vimos isso no episódio das listagens. E o que esses senhores fizeram? Nada. São os mesmos que deixaram o cadastro do Vasco de forma tão bagunçada com o intuito apenas de ludibriar e tentar não serem enxergados na má fé da manipulação da secretaria. Mas fiquem eles tranquilos, apesar de ser um pedido de liminar de algo sem urgência, pois em breve o CD será convocado e poderá então ser votada a ata - garantiu.

Em nota, os conselheiros que movem a ação afirmaram:

"O objetivo é, como sempre, defender os interesses do Vasco, que não pode ter um estatuto aprovado sem o cumprimento das normas regimentais, estatutárias e legais. Então, como entendemos que o procedimento de aprovação da proposta de estatuto não respeitou o que está previsto no regimento e no atual estatuto e por não termos ciência do conteúdo das atas e da versão final do texto, depois de não sermos atendidos administrativamente, buscamos a via judicial. Somos a favor das eleições diretas aprovada por unanimidade em dezembro/2019 de acordo com as regras regimentais e estatutárias, o que não significa a reforma do estatuto a qualquer custo".

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