Nem sempre a contratação de reforços corresponde à expectativa criada para o desempenho dos jogadores dentro de campo. Embora nenhum clube esteja livre de passar por essa situação, a realidade atinge o Vasco na Série B do Brasileirão. A fim de se juntarem a medalhões como Nenê, Andrezinho e Jorge Henrique, o clube contratou sete jogadores nesta temporada. Só que os problemas físicos, somados às preferências do técnico Jorginho fizeram com que apenas dois deles tenham sido titulares em mais de metade das partidas possíveis em 2016. São os casos de Marcelo Mattos e Ederson.
Júnior Dutra demorou um pouco para marcar o seu primeiro gol pelo clube. Contratado no meio da temporada, teve o seu melhor momento em São Januário na vitória contra o Joinville, em setembro, quando desencantou com a camisa vascaína.
Sua atuação repercutiu de tal forma que Sorato, ídolo do clube, chegou a dar a sua bênção ao atacante que prometia despontar no setor ofensivo do time. Contra o Avaí, na última rodada, Dutra voltou a ser titular, algo que aconteceu em apenas sete partidas de 21 possíveis.
– Eu não fiz pré-temporada, que é fundamental para qualquer jogador profissional. A falta de sequência fez com que eu encarasse qualquer treino como se fosse um jogo. Até porque a função que eu faço exige muito de
mim em campo – disse o atacante.
Contratado com grande expectativa, Pikachu atuou em apenas 23 partidas. Pouco se comparado à quantidade de jogos possíveis: 59. Números bem abaixo do esperado, assim como William (11 de 36), Rafael Marques (6 de 23) e Fellype Gabriel (2 de 36).
Mauro Galvão reconhece o valor da base cruz-maltina
Um dos principais jogadores da história do Vasco, Mauro Galvão faz questão de acompanhar as partidas na Série B. Para ele, a diretoria acertou em manter a base formada em 2015 e defendeu a permanência de jovens nomes que estão tendo oportunidade no time principal.
– Nem sempre contratar é a solução. Jovens como o Douglas, por exemplo vem conseguindo espaço. Eles não têm que ser responsáveis pela má fase do Vasco. Ao contrário, devem ser preservados, pois são o futuro do clube - destacou o ex-jogador, que comparou a chegada dos reforços em 2016 com a vinda de nomes de peso no meio da temporada passada:
- Foi muito parecido com 2015. Lembro que Andrezinho, Jorge Henrique e Nenê foram contratados no decorrer do ano e o time cresceu muito de produção, ao contrário do que acontece na temporada atual. Além disso, nenhum desses jogadores contratados para a Série se consagraram em suas antigas equipes.