Um dia que poderia ser histórico positivamente terminou como um dos momentos mais vergonhosos da história do Vasco da Gama. A eleição do Cruz-Maltino transcorria desde às 9h45 deste sábado, quando por volta das 20h, uma decisão judicial tornou nula a votação. Houve diferentes interpretações e o pleito foi retomado após grande confusão. E depois de grande imbróglio e até um apagão no ginásio, a apuração foi decidida para ter início assim que possível. Mas não antes de grande drama na Colina.
Quando a votação havia retomado e cerca de 150 pessoas haviam votado, - já perto do encerramento dos trabalhos -, as luzes do ginásio foram apagadas. Tudo ficou às escuras, impossibilitando, assim, a conclusão das atividades que elegeriam o próximo presidente do Gigante da Colina para o triênio 2021-23. Antes, porém, uma insatisfação geral e confusões. Do lado de fora, quebra-quebra e relatos até de tiros. Dentro, clima tenso.
Cerca de 20 minutos depois, algumas luzes foram acesas novamente e a mesa diretora procurou alternativas para acautelar, ou seja, guardar em local seguro e com algum responsável, as urnas já lacradas. Sem haver essa definição, os membros da mesa decidiram pela apuração dos votos, que irão acontecer nesta madrugada.
Quando chegou a decisão judicial que suspendeu a liminar do desembargador Camilo Ribeiro Ruliére, que permitiu o pleito neste sábado, a chapa "Sempre Vasco", do candidato Júlio Brant, entendendo que o que acontecia naquele momento já não tinha mais validade, se retirou e levou consigo as cédulas de votação restantes da chapa.
Cerca de 20 minutos depois, as chapas "No rumo certo, de Alexandre Campello, e "Mais Vasco", de Jorge Salgado, fizeram o mesmo, com diferentes alegações. Com isso, permaneceram no ginásio somente o candidato Leven Siano, da chapa "Somamos", Sérgio Frias, que representa a chapa "Aqui é Vasco", assim como membros da mesa diretora e alguns apoiadores de outros grupos concorrentes.
No momento em que o ginásio ficou às escuras, Leven Siano convocou a imprensa para fazer um pronunciamento. Com palavras duras, ele teceu críticas e atacou sobretudo Alexandre Campello, mas também Júlio Brant, Jorge Salgado e Faues Mussa, presidente da Assembléia Geral. O candidato afirmou que tudo o que aconteceu nesta noite em relação às interrupções do pleito se deu pois ele estava à frente nas urnas.
De fato, segundo as pesquisas de boca de urna, Leven desde as primeiras aferições pela manhã. Ainda não se sabe o destino desta eleição. O pleito estava previamente marcado para este sábado, mas devido às discordâncias, sobre as quais não tiveram acordo em relação à segurança física dos eleitores por conta da Covid-19 e por questões estruturais, houve um pedido de adiamento.
Por fim, o adiamento foi cancelado, e a eleição foi marcada para este sábado, dia 7, e de forma presencial em São Januário. Então, tudo se desenrolou como até agora está. Mesmo após a apuração, a Justiça certamente será acionada.