Erros em série: LANCE! elenca os fatores que tiraram do Vasco as chances reais de acesso

Cruz-Maltino depende de combinação tão improvável que o próprio clube já jogou a toalha. Falhas pré-Fernando Diniz se repetiram na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro

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O texto abaixo parece uma atualização de um que você já teve a oportunidade de ler neste mesmo LANCE!. Na verdade, a única diferença é que o tempo passou. Passados dois meses, o Vasco praticamente não mudou. A temporada vai chegando ao fim com o clube no fundo do poço. As chances reais de acesso inexistem. Nos resta, portanto, elencar - ou recordar - quais foram os erros do time que levaram à iminente permanência na Série B do Campeonato Brasileiro.

Fernando Diniz assumiu um time já em maus lençóis. Na Segunda Divisão, o aproveitamento do time com Marcelo Cabo foi de 50%; com Lisca foi de 43,3%. Até aqui, o atual comandante tem 45,45%. Por isso o Cruz-Maltino jamais passou uma rodada inteira no G4. Estar entre o sexto e o nono lugar foi frequente porque os acertos e erros foram os mesmos ao longo da competição.

Mesmo na atual gestão técnica, alguns problemas se repetiram, como a fragilidade de uma defesa quase sempre vazada e os abalos psicológicos e de concentração. Assim como o desempenho como visitante. Diniz aproximou jogadores, deu esperança, mas o ânimo se foi com roteiros repetidos rodada após rodada. Semana após semana.

-> Confira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro

- Modelo de jogo: já se sabia que a valorização da posse de bola não havia dado certo com os dois treinadores anteriores. Neste mesmo L! você pôde ler que a opção por Fernando Diniz, por isso, foi minimamente ousada. Deu certo no início apenas.

- Defesa frágil: antes da chegada do atual treinador eram 27 gols sofridos em 23 jogos. Média de mais de um por jogo. A retaguarda vascaína segue entre as piores da Série B: 42 gols sofridos em 34 partidas até aqui.

- Intensidade/competitividade: a dificuldade que o Vasco aparentava para competir fisicamente se repetiu em diferentes partidas.

- Concentração: entrou treinador, saiu treinador e o Vasco falhou em momentos decisivos. Com diferentes jogadores.

- Psicológico: os gols marcados pelo Botafogo e a expulsão de Léo Matos com um quarto de partida em São Januário, no último domingo, resumem a dificuldade mental da equipe vascaína.

- Visitante inofensivo: para ter chance de subir, melhorar como visitante, no terço final do campeonato, era fundamental. Mas passou longe.

- Elenco desequilibrado: a estratégia do Vasco foi de formar o elenco no início da temporada e fazer poucos ajustes ao longo da Série B. Mesmo o desempenho ruim do time não mudou o planejamento. Nene foi o único a chegar para ser titular com a competição em andamento.

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