Apático e desorganizado, Vasco falha de novo, é goleado pelo Botafogo e tem reta final de Série B melancólica
Falhas nos quatro gols do Botafogo resumem todos os problemas da equipe ao longo da temporada. Contra-ataque, bola aérea, defesa vulnerável e exposta dão o tom da goleada
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Não é exagero afirmar que o Vasco passa pelo pior momento de sua história. Pela primeira vez, o clube irá jogar a segunda divisão em duas temporadas seguidas. Ao longo das semanas, os motivos que fizeram a equipe chegar a esse momento serão debatidos. Mas, os gols do Botafogo, neste domingo, resumem o que foi o ano do Cruz-Maltino, com todos os problemas defensivos e a fragilidade para se impor sobre o adversário.
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Em meio à fraca campanha, o Vasco chegou ao clássico com apenas 1% de chance de conquistar o acesso. Diniz não jogava a toalha e dizia que a equipe iria lutar enquanto tivesse chance. Com isso, no início da partida, os torcedores que compareceram ao Estádio São Januário apoiaram e tentaram incentivar o time na última cartada.
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Em poucos minutos, o Gigante da Colina assustou o goleiro Diego Loureiro em duas oportunidades, que foram as únicas jogadas lúcidas em 90 minutos. No momento, o Vasco tinha 74% de posse de bola contra 28% do rival, que resolveu em apenas doze toques.
O primeiro gol nasceu de um escanteio desperdiçado pelo Cruz-Maltino. Em jogada rápida, Zeca se deslocou para marcar a bola na frente e simplesmente deixou o corredor todo livre para Warley explorá-lo. Faltou também cobertura, e o ataque botafoguense foi letal ao aproveitar o erro, e Marco Antônio estufou a rede.
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A vulnerabilidade defensiva também deu o tom do segundo gol alvinegro. Diego Gonçalves explorou as costas de Léo Matos e em profundidade cruzou para Rafael Navarro. Forte fisicamente e bem posicionado, o centroavante só teve o trabalho de colocar para dentro. No lance, nenhum atleta acompanhou, nem Zeca, muito menos a dupla de zaga Leandro Castan e Ricardo Graça.
A partir disso, o Vasco foi apático, desorganizado, e viu o rival ser implacável. Aos 25, Léo Matos perdeu a cabeça e mesmo com toda experiência fez uma falta desnecessária. Ao ser expulso, o lateral-direito prejudicou a equipe, que já estava perdida em campo e deu espaço para o Botafogo tentar uma goleada.
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Dito e feito, o Glorioso ampliou ainda no primeiro tempo com mais um erro característico da defesa vascaína no campeonato. O erro na saída de bola, com espaço para o contra-ataque rápido. Dessa vez, Oyama teve um verdadeiro latifúndio para explorar e deixar Marco Antônio na frente de Lucão. A defesa estava escancarada e mal posicionada, sem qualquer proteção, algo recorrente na campanha, não só com Diniz.
Na volta do intervalo, o comandante vascaíno colocou em campo Andrey e Walber para tentar segurar o ímpeto alvinegro. Mas de todos os erros do Vasco na temporada faltava um: a bola aérea. Após o escanteio, Lucão ficou no caminho e a defesa novamente não conseguiu evitar uma linha de passe de cabeça na pequena área. Gabriel Pec foi a última peça a entrar, mas nada pôde fazer na derrota humilhante em plena Colina Histórica.
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Na coletiva, o diretor Alexandre Pássaro considerou o jogo como atípico e lamentou não ter alcançado o objetivo. Não, o resultado foi reflexo de tudo o que o Vasco fez na temporada. Erros que vão além do campo e transbordam na montagem do elenco e nas escolhas no ano. O momento é de juntar os cacos, refletir sobre os erros e começar o planejamento para 2022. A torcida vascaína merece ventos mais positivos para o futuro e um clube mais forte nos próximos anos.
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