Com o rebaixamento, o Vasco terá pela frente uma nova realidade na receita do clube, com uma queda brusca na receita e o aumento da dívida. Nesta sexta-feira, o presidente do clube, Jorge Salgado falou pela primeira vez sobre o tema. Numa entrevista coletiva em que esteve acompanhado dos vice-presidentes, Carlos Roberto Osório e Roberto Duque Estrada, e do executivo de futebol, Alexandre Pássaro, ele foi firme ao desenvolver sobre o planejamento do Gigante da Colina para o próximo ciclo.
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- Como vocês sabem o campeonato terminou ontem. Esperávamos ele terminar para termos mais certeza sobre o nosso futuro. Agora chegou o momento. Estamos adequando nosso orçamento, com um endividamento que aumentou R$ 100 milhões e (com o rebaixamento), uma perda de R$ 100 milhões, então são R$ 200 milhões contra. Tudo vai ser encaminhado para uma solução. Os primeiros meses vão ser os mais difíceis, quando estaremos fazendo os ajustes - disse o presidente.
Além disso, o mandatário relembrou que o departamento jurídico do clube tenta reverter o rebaixamento. O Vasco alega "erro de direito" e "impedimento incontestável" no primeiro gol da partida contra o Internacional, o que justificaria a anulação da partida. Tal cenário daria esperança de permanência na elite à equipe cruz-maltina.
- Em linhas gerais, vamos passar por um processo intenso de derrubar nossas despesas e aumentar nossas receitas. Por um ponto não permanecemos na primeira divisão. Vocês têm acompanhado o trabalho do nosso jurídico para reverter isso. Desde o primeiro momento trabalhamos, é difícil e estamos esperando resposta da CBF - afirmou Salgado, em breve confusão entre a confederação e o STJD, antes de completar:
- Não é chorar no leite derramado, mas o nosso time não é inferior aos pouco melhores colocados. Era para terminar com 48, 50 pontos. Tivemos 18 intervenções de VAR contra. Dessas, pelo menos quatro nos prejudicaram. Então vamos aguardar. Mas, ao mesmo tempo, vamos trabalhar - salientou.
Também esteve presente o vice-presidente de finanças, Adriano Mendes. Entre planejamentos e planos de "reforma" do clube, ele disse que a dívida atual do Vasco ronda os R$ 750 milhões.