O Vasco passa por um processo de reformulação de seu elenco. Com isso, o técnico Zé Ricardo já sinalizou que o grupo ainda precisa de reforços e um deles será apresentado oficialmente nesta terça-feira. Trata-se do zagueiro colombiano Juan Quintero, 26 anos, que chegou por empréstimo até o fim da temporada vindo do Fortaleza. O LANCE! conversou com um jornalista que cobre o clube cearense para entender as características do novo Xerife.
Além dele, o meio-campista Luiz Henrique, também do Leão do Pici, foi anunciado e será apresentado na próxima quarta-feira. Foram os dois reforços mais recentes, porém o clube carioca segue mapeando o mercado e busca encorpar o time para a principal competição do ano: a Série B. Zé Gabriel, que chegou em definitivo, já fez a sua estreia com a Cruz de Malta no peito.
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O sistema defensivo deu muita dor de cabeça ao torcedor do Vasco em 2021. Frágil e sem qualquer poder de reação, nada funcionou diante de um jogo mais físico. Em virtude das jogadas aéreas, a equipe deixou pontos importantes pelo caminho e jamais entrou no G4. A lentidão dos volantes e os espaços deixados para os contra-ataques eram armas evidentes. E foram exploradas pelos adversários com frequência.
Para 2022, boa parte dos jogadores de defesa deixaram o elenco e reforços chegaram, aos poucos. Na disputa do Carioca, a dupla Anderson Conceição e o jovem Ulisses tem dado conta do recado, mas faltam peças de reposição. O equatoriano Luís Cangá ainda está em fase de teste e Miranda, que renovou, mas segue sem poder jogar devido à punição da Conmebol por antidoping.
De acordo com o jornalista André Almeida, do Diário do Nordeste e do GE, Quintero é um jogador de imposição física e que ajuda na saída de bola e na construção do início das jogadas Porém, perdeu espaço com a chegada de Vojvoda, teve uma lesão no púbis no fim de 2020, e foi emprestado ao Juventude no último ano.
- Apesar de ser novo, é uma boa liderança, foi capitão do Fortaleza com Rogério Ceni durante um período. É um jogador que tinha uma boa saída de jogo, a capacidade de auxiliar no começo da criação das jogadas. Ele é muito raçudo, com muita entrega e imposição física. É o jogador da disputa de um contra um, dos duelos físicos. Sendo que não muito pelo alto, mais por baixo. Ele é um jogador que falha muito na bola aérea, o que fez com que a torcida pegasse no pé dele durante um bom tempo - disse.
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Para o jornalista, o atleta pode ajudar o Cruz-Maltino na disputa da Série B e ser uma liderança. Em um campeonato que prevalece o jogo físico, o defensor pode se sobressair como um verdadeiro Xerife, mas por vezes exagera nas faltas e toma alguns cartões.
- O que a torcida do Vasco pode esperar é um jogador de muita raça, vontade, dedicação, que chega duro. Xerifão. Mas muitas das vezes o atleta acaba cometendo muitas faltas por ter este estilo. Ele leva muito cartão, o que acabou o prejudicando. Perdeu muito espaço com o Vojvoda. Teve uma lesão (no púbis - 4 meses fora dos gramados) e voltou mais lento, não como era antes. Antes de ser emprestado, ele não vinha jogando com o Voyvoda. Foi expulso no jogo contra a Chapecoense pelo Brasileirão e não voltou mais. Foi emprestado para o Juventude e teve pouco espaço recentemente - analisou, e emendou:
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- Para a Série B, ele pode render, ser um bom zagueiro. Pela imposição física, liderança, ajudar na saída de jogo e construção de jogadas. Mas para a Série A, ele perdeu muito espaço. Ele pode ajudar em outros aspectos, mas na bola aérea, acredito que não seja a solução - completou.