O emocionante empate por 4 a 4 entre Flamengo e Vasco ainda vai demorar um tempo para ser entendido. Pelo menos, é o que diz o volante Marcos Júnior. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o jogador, que marcou o terceiro gol do Cruz-Maltino no início do segundo tempo, contou que demorou a conseguir dormir e exaltou a luta vascaína na partida.
- Digerir esse jogo ainda está acontecendo. Eu fui dormir 6h, pela adrenalina do jogo. Foi um jogo atípico, acredito que vai ficar marcado na história do clássico. Foi um dos melhores jogos do campeonato. É de se ressaltar a entrega e a garra. Conversamos depois do jogo que dava para ter vencido, mas o Flamengo é qualificado, eles souberam ter tranquilidade. Foi complicado depois que cheguei em casa. O telefone não para, tem a adrenalina. A gente deita na cama, fica rolando, tentando achar o sono, mas não vem. Todo jogo coloco para gravar em casa e assisto. O gol eu vi várias vezes - disse.
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O Vasco se reapresentou na tarde desta quinta-feira no CT do Almirante. Os titulares fizeram trabalho regenerativo, enquanto os reservas realizam um treino em campo reduzido. Marcos Jr analisou a partida feita pelo Vasco e a luta contra o rebaixamento.
- A tranquilidade que tivemos depois do gol foi muito pelo que o Luxemburgo fala para nós. Mesmo se nós tivéssemos marcado aos 42 segundos. Soubemos suportar e obedecer a tática que ele estabeleceu antes do jogo. Agora é continuar trabalhando e tentar somar o máximo de pontos possíveis. Em momento nenhum o Luxa escondeu que nosso campeonato era outro. O objetivo está sendo tratado. O que vier lá na frente vamos comemorar. O pensamento tem que ser sempre para frente. Temos que ter cuidado, o campeonato ainda não acabou, então temos que somar pontos - avaliou.
O gol do empate foi feito por Lucas Ribamar já nos acréscimos. Amigo de infância do atacante, Marcos Jr ressaltou a importância da volta por cima do camisa 9.
- Eu fico feliz. O Ribamar é um amigo de infância, conheço desde moleque. Quem está no dia a dia vê a união do grupo. É uma família, mais do que uma equipe. Quando ele voltou todos deram força. Sabíamos que ele seria importante. Eu morava no Rio das Pedras e ele na Cidade de Deus. As vezes nos enfrentávamos em campeonatos de comunidade. Para quem conhece melhor, sabe que tem ótimo coração e muito divertido - completou.